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Jovem de 19 anos confessa ter matado padre paraibano e que eles tinham ‘relacionamento amoroso’, no Pará


06/01/2021

Padre José Ronaldo, à esquerda, era natural de João Pessoa

Portal WSCOM com Correio Braziliense



O jovem Cristian Roberto da Silva, 19 anos, confessou ter matado o padre paraibano José Ronaldo Gomes de Brito, de 37 anos, durante a virada de ano em Bela Vista do Juá, em Santarém, no Estado do Pará. Ele compareceu junto com o advogado, na tarde desta segunda-feira (4), à 16ª Seccional Urbana de Polícia Civil do Pará e confirmou a autoria do crime contra o sacerdote.

A Polícia Civil do Pará informou, por meio de nota, que o suspeito de assassinar o padre foi liberado após prestar depoimento. Equipes da delegacia realizam diligências para esclarecer o homicídio. De acordo com a imprensa local, uma segunda pessoa é investigada por suspeita de envolvimento no crime.

‘Relacionamento amoroso’

Em depoimento, o jovem teria revelado que ele e José Ronaldo mantinham um ‘relacionamento amoroso’, mas que haviam discutido. À polícia, Cristian confessou o crime. Segundo a corporação, ele contou que, após ter matado o padre com um golpe de faca no pescoço, pegou o carro da arquidiocese que era usado por José Ronaldo, com a intenção de fugir, mas acabou perdendo o controle do veículo, que se chocou no muro de uma residência na avenida Fernando Guilhon, ainda na madrugada do dia 1º de janeiro.

Por causa do acidente, Cristian chegou a ser conduzido pela Polícia Militar à Polícia Civil, entretanto, naquela ocasião ele ainda não era considerado suspeito de um crime de homicídio. O corpo do padre José Ronaldo só foi encontrado na manhã do último domingo (3/1), em adiantado estado de decomposição.

José Ronaldo foi enterrado na manhã desta segunda, em um cemitério particular de Santarém. O velório foi restrito apenas a alguns religiosos a fim de evitar aglomeração.

Momento difícil para a Igreja Católica no Pará

A divulgação de um caso de relação amorosa seguida de violência chega em um momento delicado para a Igreja Católica no estado do Pará. Desde o final de 2020, fiéis locais acompanham um outro caso, dessa vez envolvendo o arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira, qeu foi denunciado por ex-seminaristas por condutas que envolviam abusos sexuais e morais entre os anos de 2010 e 2014. Recentemente, eles detalharam as denúncias com conteúdos chocantes.

Por conta disso, o religioso é alvo de investigações da Polícia Civil e do Ministério Público. Sem citar os casos diretamente, ele nega que tenha cometido os crimes.

SOBRE O PADRE JOSÉ RONALDO

O padre José Ronaldo Gomes era paraibano, natural de João Pessoa. Ele nasceu em 5 de maio de 1983. Aos 16 anos, fez sua primeira experiência vocacional aos 16 anos em comunidades de João Pessoa. Ingressou no Seminário Arquidiocesano da Paraíba, localizado no bairro do Castelo Branco, em 2005, estudou Filosofia no Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese da Paraíba. Concluiu seus estudos de Teologia na Faculdade Nossa Senhora da Conceição, também na Arquidiocese paraibana.

Chegou em Santarém em 17 de junho de 2014, acolhido pelo bispo diocesado, Dom Flávio Giovenale. Em 5 de dezembro do mesmo ano foi ordenado diácono junto com mais quatro seminaristas, tendo sua ordenação sacerdotal ocorrida em setembro de 2015. Atualmente, era pároco da Paróquia Santo Antônio de Pádua, cidade de Belterra, e, desde fevereiro de 2016, Padre Ronaldo Brito coordenada a Pastoral Carcerária de Santarém.

 



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