Política

JM diz que apelo de Temer pesou por RC e revela conversas com Cássio e dissident

PMDB, PSB e PT


09/10/2014

O ex-governador e senador eleito José Maranhão (PMDB) voltou a falar, nesta quinta-feira (9), em entrevista à Rádio Arapuan FM, sobre a aliança formalizada entre o PMDB, o PSB e o PT no atual segundo turno, na Paraíba. Segundo ele, o fator principal para tomar a decisão foram os pedidos do vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, do senador José Sarney, do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB) e demais membros da cúpula nacional do PMDB, em encontro promovido na última terça-feira (7), em Brasília.

“A nossa opção por Ricardo Coutinho se deve ao chamado alinhamento político-partidário, já que ele abriu uma dissidência do seu partido para apoiar a candidatura de Dilma, que tem como vice-presidente Michel Temer. Eu recebi um apelo de Michel, antes de ontem em Brasília, em um almoço com toda a alta cúpula do PMDB, para que apoiasse a candidatura de Ricardo na Paraíba. Esse foi um fator relevante e eu sou partidário”, disse.

Maranhão ainda alegou que a proposta de Governo do candidato socialista – dentro dos conteúdos programático, doutrinário, ideológico ou de ideias – está mais próxima do propósito peemedebista do que a do senador Cássio Cunha Lima, adversário do PSDB. “Temos propostas que se assemelham as ações já executadas pelo governo federal. O nosso adversário no campo nacional é Aécio Neves, que é do partido e é apoiado pelo nosso adversário local [Cássio Cunha Lima]. Não tinha como seguir por esse caminho”, disse.

Conversas
O senador eleito pelo PMDB ainda informou que manteve uma conversa cordial com Cássio Cunha Lima, após a vitória do último domingo (5), e também com os deputados e lideranças dissidentes do partido neste segundo turno. Mas, preferiu não revelar o conteúdo dos diálogos.

Maranhão também disse que já esperava esse processo de “demonização” dos peemedebistas por parte de algumas militâncias adversárias, após anunciar o apoio a Ricardo Coutinho.

“Já era esperada. Se eu estivesse com Cássio, obviamente os partidários de Ricardo estariam atirando pedras em mim. Eleição é um ato emocional e as pessoas que não tem uma conduta civilizada apelam para o fator emocional, como se fosse coisa de outro mundo você ter uma opção para apoiar. Isso é uma coisa natural, faz parte da democracia”, concluiu.



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