Política

Jackson nega acusações de revanchismo e comenta nova operação da PF envolvendo Bolsonaro: “Próxima vai colocar na cadeia”

Segundo o presidente do PT na Paraíba, "não existe revanchismo porque não é uma operação que parte do governo federal".


08/02/2024

Redação/Portal WSCOM

O presidente estadual do PT da Paraíba, Jackson Macêdo, falou nesta quinta-feira (8) sobre uma nova operação conduzida pela Polícia Federal, que inclui o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), entre os alvos. O dirigente refutou a alegação de qualquer motivação de revanchismo associada a essas operações contra o principal representante da direita brasileira. Segundo ele, “não existe revanchismo porque não é uma operação que parte do governo federal”.

Jackson também rejeitou a ideia, advinda da direita, de que as ações da Polícia Federal direcionadas ao ex-presidente são impulsionadas por um sentimento de represália do atual governo, como uma retaliação pela prisão do presidente Lula (PT) durante a Operação Lava Jato. Para o dirigente, não faz sentido acusar o governo de revanchismo, já que as investigações são iniciativas do poder judiciário, não do executivo.

“A operação é resultado de investigação judicial. A Polícia Federal não age por iniciativa do presidente da República, ela age por iniciativa do STF única e exclusivamente”, afirmou Macêdo em entrevista ao jornalista Anderson Costa.

O presidente do PT-PB lembrou que durante a prisão de Lula, as investigações contra o então presidente também tiveram como origem o poder judiciário, representadas pelo então juiz de primeira instância, Sergio Moro. Macêdo enfatizou que a operação resultou de uma investigação judicial, esclarecendo que a Polícia Federal foi por decisão do STF e não por iniciativa direta do presidente da República.

De acordo com Jackson, as investigações contra Bolsonaro após o término de seu mandato decorrem das frequências de tentativa de golpe de Estado ao longo de seus quatro anos no cargo. Ele afirmou que Bolsonaro, após perder a eleição, buscou meios de subverter a ordem democrática do país.

“Durante quatro anos, o ex-presidente flertou o tempo todo com o golpe durante o período em que ficou no governo, e quando perdeu a eleição ele tentou dar um golpe, e buscou meios de dar um golpe de Estado no país. O que aconteceu no 8 de janeiro foi resultado disso”, declarou.

O dirigente do PT concluiu destacando que a próxima operação da Polícia Federal resultará em um mandado de prisão contra Bolsonaro, diferentemente dos mandados de busca e apreensão ocorridos nas duas últimas ações.

“Isso não pode ficar impune. (…) A responsabilidade dele é muito grande, e do círculo militar que estava entorno dele. Tenho certeza que a próxima operação não vai ser de busca e apreensão, ela vai colocar gente graúda na cadeia  e ele com certeza vai estar no meio”, asseverou.



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