O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Jackson Macedo, disse, nesta sexta-feira (17), que o PT no estado está estruturando um palanque com as presenças de Ricardo Coutinho, Luciano Cartaxo e a vice-governadora Lígia Feliciano, além de outras lideranças para fortalecer a campanha presidencial de Lula. De acordo com o dirigente, as filiações feitas à legenda mostram recentemente mostram de forma clara o caminho que a sigla vai percorrer no estado.

Com a filiação do ex-prefeito de João Pessoa marcando o retorno de Luciano Cartaxo ao PT, o presidente da legenda na Paraíba reforçou o posicionamento da tendência de uma aliança entre partidos considerados de esquerda no estado e já considera a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) como parte do grupo que irá começar a viajar pela Paraíba no início de 2022 para construir um projeto com vistas às eleições.

“O PT tem uma posição muito clara na Paraíba, que é a posição da direção nacional de construir um caminho que seja sintonizado com os partidos que dão sustentação ao governo Lula. Ter Luciano, Lígia e Ricardo construindo isso, para nós é fundamental. É muito importante para a gente construir um movimento em 2022 com essas três lideranças e que, a partir de janeiro, a gente comece a visitar o estado e viajar as regiões, dialogando com as pessoas, para construir um projeto que seja vinculado ao legado do presidente, o legado de Ricardo na Paraíba e as políticas públicas do governo de Luciano em João Pessoa”, disse em entrevista a Rádio Arapuan FM.

ALIANÇA COM JOÃO

Ele falou ainda sobre a aliança que uma ala do PT tem com o governador João Azevêdo (Cidadania), e declarou não ter sido consultado sobre a participação do partido no governo e por isso não pode ser cobrado sobre a entrega de cargos. Jackson disse que a legenda só deve se reunir no próximo ano para discutir a tática eleitoral para 2022.

“Esse tema não passou por um debate no partido. Eu nunca fui consultado para participar de governo de quem quer que seja. A última vez que eu estive com João ele nem governador era. Então não pode me cobrar isso. Eu nunca bati à porta de João Azevêdo pedindo cargo. Quem pediu cargo ao governador, se resolva com ele”, disse.

Questionado sobre uma possível candidatura de Luciano Cartaxo ao Governo do Estado, o dirigente declarou que esse debate vai acontecer no momento certo, e que o mais importante agora é a construção de um projeto para levar o ex-presidente Lula à Presidência da República.