Jackson Macedo considera difícil a formação de palanque para Lula com o DEM e PP na Paraíba; “com João, a esquerda não terá opção para senador”, diz

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O presidente do Partido dos Trabalhadores da Paraíba, Jackson Macedo, disse na tarde desta quinta-feira (12), em entrevista exclusiva ao Portal WSCOM, que a legenda ainda não iniciou os debates sobre as eleições de 2022 por recomendação do Diretório Nacional, que aguarda o fim das votações da reforma eleitoral no Congresso Nacional. No entanto, Macedo adiantou que será difícil manter um palanque com João Azevêdo e seus aliados, DEM e PP, adversários políticos do PT em nível nacional.

 

“O debate sobre as eleições de 2022 não começou ainda no PT. Esse debate ainda vai começar. Inclusive, a Direção Nacional baixou uma resolução essa semana dizendo que os estados não debatam ainda essa questão, esperem as definições das regras eleitorais, que estão em processo de debate no Congresso Nacional, a reforma ainda vai para o Senado, e só assim começa debater. Mas, a definição final é do presidente Lula e da Direção Nacional. É ele quem vai dizer qual a tática que deve ser construída aqui na Paraíba”, disse o presidente estadual do PT.

 

Jackson também falou sobre a relação do PT com a gestão João Azevêdo (Cidadania), e declarou que a manutenção da aliança com o governador da Paraíba deixa o campo da esquerda sem opções de candidato para o Senado Federal. Além disso, o petista reforça que os aliados da gestão de Azevêdo são adversários políticos históricos do PT em escala nacional, o que deixaria Lula, caso eleito, em uma situação difícil no Congresso Nacional.

 

“Tem uma relação com o governo João Azevêdo, tem, o PT faz parte do governo, ajudou a eleger, más o governo João Azevêdo prioriza para 2022 partidos que não são de esquerda, partidos que são adversários do PT em nível nacional. Por exemplo, a possibilidade de composição da chapa de senador de João Azevêdo é Efraim Morais [Filho] e Aguinaldo Ribeiro. Quem é Efraim Morais? É adversário do PT, é do DEM. Efraim se Lula for presidente e ele estiver no Congresso, se Lula pedir uma tapioca pra lanchar, ele pede uma CPI. Então, essa é a possibilidade de senador de João Azevêdo no próximo ano, ou Aguinaldo Ribeiro, que é do partido que hoje é o principal sustentáculo de Bolsonaro no Congresso Nacional. O Progressistas tem, não só o ministro da casa civil, o Ciro nogueira, como é também o principal partido do centrão que sustenta Bolsonaro hoje na Câmara [Federal]. O PP vai estar com Bolsonaro o ano que vem. Então veja só a situação da gente. Se a esquerda apoia João Azevedo, a gente não vai ter uma opção pra votar pra senador, porque eu não posso lançar uma candidatura avulsa, pelas regras eleitorais”, pontuou.

 

Para o presidente do PT na Paraíba, nomes das lideranças de esquerda e centro-esquerda paraibana devem ser levados em consideração na hora da construção das alianças que irão subir no palanque de Lula durante as eleições de 2022, e não descartou a construção de uma terceira via para o próximo pleito com figuras desses núcleos.

 

“É importante o PT levar isso em consideração, é importante, agora, esse debate tem que ser feito no momento correto, e saber qual é o palanque que é melhor pra Lula, se é com DEM e PP, ou um palanque que tenha PT e figuras da esquerda e centro-esquerda paraibana que devem e merecem ser levadas em consideração nesse debate. Existe um movimento muito forte de fortalecimento de uma possível terceira via. As conversas que tem acontecido com o presidente Lula, com a presidente Gleici, comigo aqui, que envolve figuras como Luciano Cartaxo, Ricardo Coutinho, Veneziano Vital do Rêgo, a própria governadora Lígia Feliciano; eu acho que é importante a gente levar em consideração a possibilidade de construir. Agora, isso não está fechado, não está construído, não está definido ainda”, disse.

 

Refiliação de Ricardo Coutinho

O petista também expressou seu contentamento em refiliar o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), e afirmou que o retorno do ex-companheiro será consolidado em breve.

“A filiação de Ricardo Coutinho é extremamente importante para o PT e para esse movimento que estamos fazendo na Paraíba de fortalecimento do campo progressista. Ricardo tem uma história de luta com a esquerda paraibana junto com outros companheiros, como Jeová, Estela, Cida, Márcia Lucena. Ele fez grandes governos, tanto na Prefeitura [de João Pessoa] como no Governo do Estado, governos que foram referência não só no Nordeste, mas no Brasil. Eu acho que, do ponto de vista político, do ponto de vista eleitoral, é extremamente importante a filiação dele. E acerta o PT, acerta a Direção Nacional. A maioria dos presidentes dos Diretórios Municipais do PT na Paraíba querem a filiação de Ricardo, então tê-lo conosco é importante pra gente, e vamos consolidar isso em breve”, disse Jackson Macedo.

 

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