O Brasil agora ocupa o centro do mundo — pelo menos no novo mapa-múndi lançado pelo IBGE. A autarquia apresentou nesta quarta-feira (7) uma versão inédita da representação global, que subverte a lógica tradicional da cartografia ao posicionar o Sul no topo e o Brasil em destaque.

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A iniciativa acompanha a ascensão geopolítica brasileira em 2025 e reforça o papel do país em blocos estratégicos como BRICS, Mercosul e na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A proposta também dá visibilidade ao bioma amazônico e a três cidades com forte peso diplomático neste ano: o Rio de Janeiro, sede da presidência dos BRICS; Belém, palco da COP 30; e o Ceará, anfitrião do Triplo Fórum.

Ao romper com a convenção que tradicionalmente coloca o Norte acima no papel, o IBGE propõe um olhar crítico sobre as hierarquias implícitas nos mapas que herdamos de figuras como Ptolomeu e Mercator. A escolha estética e política ecoa produções como a do artista Joaquín Torres-García, que, em 1943, desenhou um famoso mapa invertido com a América do Sul no topo.

De acordo com o instituto, o novo modelo integra a agenda estratégica do órgão enquanto coordenador de estatísticas entre países do Sul Global, promovendo a disseminação de dados com foco na reconfiguração do olhar geopolítico.

A versão estará disponível em português e inglês. As vendas online começam neste sábado (10) pela Loja Virtual do IBGE. Já quem preferir comprar presencialmente poderá adquirir o mapa a partir de segunda-feira (12), na Livraria do IBGE, no Palácio da Fazenda, no Centro do Rio de Janeiro. Compras presenciais ou com retirada no local terão 30% de desconto.