Saúde

Hospital Universitário realiza ação educativa no Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio

Além da distribuição de panfletos com orientações à população, também foram entregues laços amarelos para marcar a data


10/09/2021

(Foto: divulgação/HULW-UFPB)

Portal WSCOM



Laços amarelos para lembrar que toda vida importa. Laços de afeto para reforçar o cuidado com o outro, principalmente quem, em algum momento, pensa na morte autoinfligida como alternativa. Neste 10 de setembro, é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Para marcar a data, o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh) realizou uma ação educativa no ambulatório Professor Antônio Dias dos Santos. A iniciativa foi coordenada pela Gerência de Atenção à Saúde (GAS).

A programação ocorreu entre 8h e 9h, tendo como público-alvo não apenas os usuários e familiares, mas também os colaboradores da instituição. Conforme o médico psiquiatra Mário Vasconcelos, o dia 10 de setembro foi escolhido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma data especial para marcar a importância de se discutir o suicídio e, principalmente, formas de prevenção ao fenômeno, que hoje é considerado problema de saúde pública.

“Essa campanha educativa do HULW tem como objetivo informar a população a importância do tema, quebrar alguns tabus e ajudar no auxílio de pessoas em sofrimento mental”, explica o psiquiatra. Além de panfletos com orientações à população, também foram entregues broches com laços amarelos e balas. Um gesto simples, de carinho e atenção, mas que se traduz em alerta para um tema muito delicado, que precisa ser tratado com seriedade e não como tabu.

 

 

Conforme dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo. Dentre os principais fatores de risco para uma pessoa cometer suicídio estão os transtornos psiquiátricos, como depressão, esquizofrenia e transtornos por uso de substância. Além disso, entre as causas também estão baixo suporte social, tentativas de suicídio prévias, abuso infantil, acesso a meios mais letais (como armas), perda de emprego e isolamento social.

A enfermeira Analyane Braga, chefe da Divisão de Gestão do Cuidado, foi uma das colaboradoras do HULW que participaram da mobilização realizada nesta sexta-feira. Vestindo camiseta com a marca do Setembro Amarelo, ela percorreu vários salas e corredores do hospital, levando informação sobre a data a quem encontrava.

“Realizamos hoje uma ação sobre o Setembro Amarelo, que é o mês de prevenção ao suicídio, pois é importante que a gente toque nesse assunto, que é sempre tão escondido, que as pessoas têm medo de falar”, explica. Ela lembrou que, quando a sociedade evita o tema, as pessoas com ideação suicida acabam sendo mais excluídas, porque ainda há preconceito, principalmente em relação a quem sofre com algum problema mental.

 “Quanto mais a gente fala sobre o suicídio, mais a gente pode ter meios de fazer intervenções e prevenir a morte autoinfligida. Então essa ação hoje foi para chamar a atenção da comunidade, os pacientes, familiares e colaboradores para o tema”, diz. Coordenada pela GAS, a atividade educativa no HULW envolveu o Serviço de Psiquiatria, a Divisão de Gestão do Cuidado, a Divisão Médica, a Divisão de Enfermagem e o Setor de Urgência e Emergência.

ASSISTÊNCIA – o Hospital Universitário Lauro Wanderley dispõe de um Serviço de Psiquiatria, tanto adulto quanto infantil, que conta com enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras. “Essa é a porta de entrada do HULW para cuidados com a saúde mental. O paciente chega até nós pelo Ambulatório de Psiquiatria, que é um serviço bem complexo, com um volume alto de pacientes. A gente recebe usuários aqui de João Pessoa e do interior da Paraíba”, explica Analyane Braga. Para ter acesso ao serviço, o paciente precisa marcar a primeira consulta em uma Unidade de Saúde da Família. Já as consultas de acompanhamento são agendadas no próprio HULW.



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