Paraíba
HISTÓRIA REAL: Quando comandar uma Redação de Jornal requer princípios, postura e determinação: nós sabemos desse valor a ser testado
05/01/2025
Portal WSCOM
Para Martinho Moreira Franco (in memoriam)
A História existe para ser contada. Em 1986, ainda no tempo sem celular, recebi uma ligação telefônica do imortal ombudsman e ex-Secretário de Comunicação, Martinho Moreira Franco, para uma difícil tarefa: editar o Jornal A União, à época com redação no centro de João Pessoa no antigo Cine Brasil, defronte à Escola Tomas Mindelo.
Era umas 15 horas por aí, quando lhe indaguei: “Martinho, preciso me encontrar com Vc para alinhar procedimentos e montar a equipe. Tenho de cara uma situação difícil que preciso resolver: manter Arlindo Almeida, meu amigo em quem confio, na equipe”.
Martinho, como sempre, me disse de pronto: “Dablinho, sei de sua habilidade, mas não esqueça que Arlindo é Braguista (defensor do ex-governador Wilson Braga) Doente”. Retruquei: “ me permita ao menos conversar e resolver com ele”. OK, disse Martinho.
NEGOCIAÇÃO “OLHO NO OLHO”
Ato contínuo programei na noite imediata uma conversa com Arlindo Almeida no La Veritá (hoje não existe mais) nos seguintes valores.
“Arlindo estou assumindo a Editoria do Jornal A União e neste caso gostaria de lhe ter como editor adjunto, mas sua fama de Braguista está me criando muitas dificuldades. Quero saber de você se nesta composição você terá comprometimento com a linha editorial alinhada conosco e com o governador Tarcísio Burity?”.
Ele me respondeu de pronto: “Walter, estou ficando velho e entendo sua condição de me inserir no processo, que agradeço de coração, portanto, quero assumir que agirei de acordo com a nova realidade porque sou profissional responsável. Fique tranquilo”. E fiquei.
Arlindo Almeida em vida foi um dos mais talentosos profissionais de comunicação da Paraíba. Ele foi corresponsável por ampliar a importância do Jornal A UNIÃO nos investimentos editoriais na cobertura da Arte e na Cultura paraibana, como somente hoje é possível atestar, ou na fase anterior do Editor Agnaldo Almeida, irmão de Arlindo.
Em síntese, esta conduta mudou também o tratamento editorial que adotamos na Rádio Tabajara na direção de Petrônio Souto. Tudo de agora tem a ver com 1995 no governo de Antônio Mariz. Vamos refrescar a memória de nossa Gente.
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