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Funcionários da embaixada da Hungria são demitidos por suposto vazamento de imagens de Bolsonaro

Desligamento ocorre após vídeos da estadia do ex-presidente na representação diplomática vazarem na imprensa, agravando sua situação jurídica.


03/04/2024

Carro de Bolsonaro entrando na Embaixada da Hungria em Brasília (Foto: Reprodução)

Brasil 247



A embaixada da Hungria demitiu pelo menos dois funcionários brasileiros. A medida teria sido tomada em decorrência do vazamento de imagens que registraram a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro nas instalações da embaixada, ocorrida entre os dias 12 e 14 de fevereiro. De acordo com reportagem da CNN, os funcionários desligados tinham acesso à central de monitoramento em tempo real da embaixada, embora não haja comprovação direta de sua participação no vazamento.

Quatro dias antes da visita à embaixada, Bolsonaro fora obrigado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a entregar seu passaporte à Polícia Federal, em meio a investigações sobre uma suposta tentativa de golpe do 8/01.

A presença de Bolsonaro na embaixada, interpretada como uma tentativa de evitar uma possível prisão preventiva, levantou questões adicionais. A defesa do ex-presidente negou qualquer temor de prisão preventiva e rejeitou a especulação de que a visita tinha como objetivo solicitar asilo político. Segundo os advogados de Bolsonaro, a estadia tinha como propósito manter contatos com autoridades húngaras, país liderado por Viktor Orbán, aliado político do ex-presidente.

O ministro Alexandre de Moraes deu prazo para que a Procuradoria-Geral da República emitisse um parecer sobre as informações prestadas por Bolsonaro nesse caso. Até a sexta-feira (5), espera-se um posicionamento oficial sobre o assunto.

A Embaixada da Hungria ainda não se manifestou sobre as demissões.



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