Paraíba
Eziel Inocêncio confirma lançamento do livro “Não é a droga, sou eu” próximo dia 4 de abril, no Casarão 34; eis exemplo de superação
26/03/2023
A vida, seus mistérios e superações. Eis a síntese do momento vivido atualmente pelo bancário Eziel Inocêncio, ex-presidente do DCE da UFPB ( 1994/95); e ex-diretor da UNE (1995/1997),agora responsável por uma obra importante na sua vida mostrando à sociedade de uma forma em geral como superar o trauma de conviver na condição de dependente químico.
Este é o resumo do livro “Não é a Droga, sou eu” a ser lançado próximo dia 4 de abril no Casarão 34 com prefácio do professor Flávio Lucio Vieira e “orelha” do poeta, escritor e editor Léo Asfora.
SOB A ÓTICA DO AUTOR
Eziel Inocêncio retrata a fase superada com dedicação e tratamento em Recife com clareza: “No meu tratamento contra a dependência, fui muito além do transtorno em si. Buscando entendê-lo, terminei descobrindo a explicação de todas as escolhas que fiz na vida. A chave de tudo está no meu inconsciente, constituído por sentimentos de carência, medo e desejo, os quais não percebia, mas que influenciam exageradamente nas minhas escolhas e no meu comportamento. A dependência é apenas resultado disto”.
E acrescenta:
“Sempre desconfiei que minha dependência não era resultado apenas do prazer das drogas. Tinha que haver um sentido maior por trás da minha escolha de continuar usando pois ela me trazia muito mais sofrimento do que prazer. Desconfio que tudo o que faço tem como objetivo sair do lugar em que estive na infância. Era o menino mais fraco do grupo, tinha medo dos outros, não me defendia, era tratado como gay e era o último a ser escolhido no futebol. Não vivo mais esta realidade, mas vivo tentando sair dela, como se ainda vivesse. No tratamento, tento acessar e entender estes sentimentos que me levam à dependência e o livro é o relato de todo este processo”.
E conclui: “Não queria ser assim, depender do reconhecimento dos outros para viver, mas acho que nunca vou deixar de ser. O que preciso é saber lidar com este sentimento, utilizá-lo para algo positivo, como agora faço escrevendo. Descobrir quem eu sou foi fantástico, mas escolher o que quero ser tem sido melhor ainda.
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