Política
Estudantes podem ser expulsos da UFPB após carta contra “golpe” e nomeação de pró-reitor por Valdiney Gouveia
20/11/2020
Da Redação / Portal WSCOM
O procurador Carlos Octaviano de Medeiros Mangueira, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), emitiu parecer em favor da apuração de supostas infrações por estudantes de Biotecnologia que emitiram Carta Aberta contra a nomeação do professor Valdir de Andrade como Pró-Reitor de Pesquisa pelo reitor Valdiney Gouveia. A punição aos estudantes pode chegar à expulsão.
Segundo o parecer, o Centro de Biotecnologia (Cbiotec) deve apurar se houve, por parte dos estudantes, ‘ atos incompatíveis com a dignidade da comunidade acadêmica; ou atos sujeitos a ação penal pública, desde que haja condenação igual ou superior a 2 (dois) anos, transitada em julgado’, segundo o Regimento.
A pena, segundo o Art. 203 do Regimento da UFPB, pode ser suspensão por período superior a 15 até 90 dias, ou até desligamento dos estudantes da Instituição.
Os autores da Carta também foram notificados para “retirada de circulação de toda e qualquer mensagem com o nome e o símbolo oficiais da UFPB, alertando sobre a proibição de uso conforme expressa vedação legal, sob pena de responsabilidade”.
Posicionamento dos estudantes
A Carta Aberta traz posicionamento dos estudantes contra a posse do professor Valdir como Pró-Reitor, e declara que Valdiney Gouveia assumiu a reitoria da UFPB através de golpe.
“Solicitamos ao professor Valdir que não participe desse golpe e associe o nosso Centro de Biotecnologia a esse capítulo nefasto da história da UFPB e do país”, dizem em trecho.
A carta foi assinada pelo Centro Acadêmico de Biotecnologia; Frente Biotec pela Democracia; Atlética Metagenômica; Linabiotec; e Maximize – Soluções em Biotecnologia.
Processo
O processo foi instaurado pelo próprio professor Valdir Andrade, que alegou que os discentes “expuseram o seu nome em redes sociais num contexto de alegada ilegalidade, o que causa constrangimento”, e deve ser enviado para a Direção de Centro.
Notificados do caso, os estudantes retificaram a carta:
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