Política

Esquema de propina para publicidade irregular atinge gestão Doria

ESCÂNDALO


31/07/2017



Uma reportagem da Rádio CBN aponta que fiscais da gestão do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), integram um esquema de liberação de publicidade irregular no município, a despeito da Lei Cidade Limpa, aprovada em 2007. Os valores pagos pelas empresas interessadas em divulgar seu produtos e serviços de maneira irregular são tabelados e muitos funcionários públicos atuam como intermediários do esquema ilegal.

Segundo a CBN, as setas que sinalizam o plantão de vendas ou o feirão de carros podem ter propinas que variam de R$ 60,0 a R$ 100,00 por final de semana. O mesmo valor seria pago pelas empresas que entregam panfletos nos semáforos. NO caso de faixas, a propina chega a R$ 200,00. As multas para as empresas que fazem a publicidade irregular começam em R$ 10 mil.

De acordo com o repórter Pedro Duran, que se disfarçou como um interessado em realizar uma divulgação irregular, o "número dois da prefeitura regional da Lapa, o chefe de gabinete Leandro Benko, que recebe um salário de quase R$ 18 mil por mês", foi um dos intermediários no esquema. Benko é irmão do secretário de Turismo do governo de São Paulo, Laércio Benko e sua indicação para o cargo fez parte de uma negociação entre o PSDB e o PHS que resultou no apoio à candidatura de Doria á Prefeitura de São Paulo. Leandro etrai cobrado R$ 7 mil em propina por cada final de semana que a ação ilegal fosse realizada.

"Eu tenho que abrir isso com o prefeito regional, que eu não posso fazer isso sozinho, aí tem o pessoal da fiscalização. São várias… Vamos dizer assim: são vários 'pratos de comida' que a gente tem que dividir, entendeu?", disse Benko. A reportagem também cita sete empresas envolvidas no pagamento irregular de propinas à máfia dos fiscais de publicidade.

Após a divulgação das informações pela CBN, a Prefeitura já afastou os funcionários envolvidos no esquema de propina. 



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