Emerson Leão critica estrangeiros no Brasil ao lado de Ancelotti: “Não gosto de treinadores estrangeiros no meu país”

O 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, realizado nesta terça-feira (4) na sede da CBF, foi marcado por um momento de constrangimento. Compartilhando o palco com Carlo Ancelotti, atual técnico da Seleção Brasileira, os ex-treinadores Emerson Leão e Oswaldo de Oliveira criticaram abertamente a presença de profissionais estrangeiros no futebol do país.

O discurso mais incisivo veio de Emerson Leão, que não recuou em sua posição histórica, mesmo diante do colega italiano.

“Eu sempre disse que eu não gosto de treinadores estrangeiros no meu país. Antes eu falava que eu não suportava, não suportaria treinadores estrangeiros. Não mudo a minha opinião,” declarou Leão.

Apesar da postura crítica, Leão fez um mea-culpa ao admitir que a responsabilidade pela alta presença de técnicos de fora recai sobre a própria classe de treinadores brasileiros.

“Mas tenho que ser inteligente o suficiente para dizer que isso tudo tem um culpado. Nós, treinadores, somos culpados da invasão de outros treinadores que não têm nada a ver com isso,” afirmou. Leão ainda olhou para Ancelotti ao final do discurso e lhe desejou “boa sorte”.

Oswaldo de Oliveira endossou o coro, mas fez uma ressalva elegante ao italiano, enquanto expressava seu desejo futuro para a Seleção.

“Eu não queria treinador estrangeiro, mas não tinha jeito. Se tivesse que ser, que fosse esse senhor (Ancelotti). Torci para ser esse senhor,” disse Oswaldo. “Depois que ele for embora, campeão do mundo, que venha um brasileiro.”

Carlo Ancelotti, que é o primeiro técnico estrangeiro fixo da Seleção em quase 60 anos, reagiu às declarações com serenidade. Em sua fala, o italiano devolveu a crítica de forma construtiva.

“A força do treinador brasileiro, tenho que ser honesto, não é tão forte. Uma das primeiras coisas que escutei e não entendo é porque o treinador brasileiro não pode treinar na Europa. Significa que a figura é um pouco fraca,” refletiu Ancelotti, sugerindo que é preciso um esforço coletivo para que a nova geração de técnicos brasileiros se fortaleça no cenário global.

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