Pulso firme e aproveitamento: em tom de saideira do Fla, Dorival fecha ciclo com dever (quase) cumprido

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Dorival Júnior ainda não completou dois meses no Flamengo, mas já está de malas prontas. Situação até comum no futebol brasileiro. O inusitado, neste caso, é sair com o trabalho bem avaliado. O título brasileiro não foi possível, houve quem não concordasse com algumas decisões, mas a evolução da equipe é inegável.

Dorival chegou ao Flamengo, no fim de setembro, ciente que estava condenado. Com uma eleição batendo às portas do clube, ele sabia que não era o plano A de nenhum candidato. Chegou como tampão, com contrato de três meses e provavelmente se despede no domingo, contra o Atlético-PR, com a sensação de dever cumprido.

– O futuro a Deus pertence… Primeiro tenho que agradecer por ter voltado a um clube como o Flamengo. Poucos profissionais têm essa oportunidade. Abri e finalizei o mandato do presidente Eduardo Bandeira. As coisas acontecem de forma natural. Vim consciente do contrato que fiz, me doei, dei o meu melhor. Nos entregamos de corpo e alma. Fico tranquilo.

Foi um período curto, mas intenso. O título brasileiro não foi possível, mas Dorival levou o torcedor a acreditar até o fim. Quando assumiu, no fim de setembro, teve de juntar os cacos de uma temporada que parecia perdida. Eliminado da Libertadores e da Copa do Brasil, o Flamengo estava em quarto no Brasileiro e não dava qualquer sinal de que iria reagir.

Bom aproveitamento, pulso firme e meritocracia

Em 11 jogos, o Flamengo venceu sete, empatou três e perdeu apenas um sob o comando de Dorival. O aproveitamento de 72,2 % só é menor que o de Felipão, com o Palmeiras. O ataque que andava em baixa marcou 20 gols com ele. Vitinho e Uribe, reforços para o setor ofensivo que andavam escanteados com Barbieri, recuperaram o bom futebol.

Chamou a atenção o pulso firme de Dorival. Ele levou a meritocracia ao pé da letra. Bater de frente talvez não seja a melhor expressão, mas o treinador não se acanhou em colocar alguns protagonistas no banco. Diego, Paquetá e Everton Ribeiro sentiram na pele. Quem não aceitou bem foi Diego Alves, que discutiu e perdeu espaço de vez com o treinador.

Dentro de campo, a característica mais marcante da passagem de Dorival foi a mudança de postura. O treinador diagnosticou rapidamente os problemas do Flamengo, que passou a ter uma nova atitude, mais direta e agressiva.

Oficialmente ninguém fala em nomes para 2019 e nem mesmo a permanência de Dorival está descartada. Mas nos bastidores os candidatos articulam e têm a preferência por Renato Gaúcho. Abel Braga desponta como outra opção.

 


Por Globoesporte

Escrito por: Angelo Medeiros

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