Brasil estreia na Olimpíada com empate frustrante contra África do Sul

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{arquivo}Foram noventa minutos.

Poderiam ter sido outros noventa, 180 ou 270. Mesmo com o trio Neymar, Gabriel Jesus e Gabigol, a sensação que se teve é de que o placar seguiria inalterado. Em sua estreia na caça à medalha de ouro, o Brasil decepcionou mais de 60 mil torcedores, não foi nada do que se desenhava e não saiu de um empate por 0 a 0 com a África do Sul, nesta quinta-feira, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Detalhe: com um a mais desde os 14 minutos do segundo tempo, após expulsão do sul-africano Mvala. E, ainda assim, passando sufoco.

Não foi o caos defendido pelo técnico Rogério Micale, com a troca de posição incessante entre os atletas resultando em incomôdo no adversário. A movimentação até aconteceu, mas esbarrou no excesso de individualidade para que a inflitração na defesa viesse.

Preso no lado esquerdo, Neymar não conseguia fugir da marcação.

O principal destaque do primeiro tempo acabou sendo Thiago Maia, do Santos. Um detalhe sintomático do que foi o Brasil considerando que se trata de um dos poucos atletas cuja função não é driblar e finalizar. Ele venceu todas as divididas no meio-campo, no entanto.

A seleção olímpica foi um pouco disso: mais transpiração e menos, muito menos inspiração.

Logo aos três minutos, o primeiro susto: Felipe Anderson falhou no meio, Marquinhos recuou mal para trás e Rodrigo Caio foi traído pelo tempo de bola. Mothiba saiu na cara do gol, mas Weverton abafou o lance.

O time comandado por Micale avançava até a zona intermediária, mas não furava a retranca. Somente aos 17, ele chegou em enfiada de Gabigol e corrida em velocidade de Gabriel Jesus. No cruzamento, a defesa cortou antes de Neymar.

{arquivo}O atacante da Vila Belmiro era quem mais chamava a responsabilidade.

Enquanto isso, Keagan Dolly, camisa 10 rival, fazia o que queria no meio-campo e assustava Weverton.

O Brasil ensaiou uma melhora, finalizou uma, duas, três vezes com Neymar, mas não o suficiente para levar a melhor sobre Khune. Ao fim da etapa inicial, um misto de aplausos e vaias para os donos da casa.

Não dá para dizer que melhorou exatamente na volta do intervalo.

A equipe seguiu insistindo no jogo aéreo e viu o trio Dolly, Mothiba e Masuku continuar dando as cartas na frente. A dinâmica em campo poderia ter mudado com o segundo amarelo e a expulsão de Mvala aos 14 minutos do segundo tempo.

Poderia, claro. Mas não foi exatamente isso que aconteceu.

Aos 23, o momento que poderia ter decidido a partida: depois de rodar a bola, Luan recebeu passe na área e apenas rolou para Gabriel Jesus marca. Sozinho, o palmeirense acertou a trave.

Como explicar? Praticamente impossível.

Com um a mais em campo, a pressão foi intensa até o fim, porém, o placar acabou inalterado.

O Brasil volta a campo contra o Iraque no próximo domingo, mais uma vez no Mané Garrincha, em Brasília.

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