Pipeline vira “Maracanã do surfe” com torcida brasileira em peso por Medina

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Famílias com crianças, adolescentes aficionados, grupos de amigos, casais em lua de mel ou apenas curtindo as férias no paraíso. O número de brasileiros no North Shore de Oahu impressiona. Como em uma final de Copa do Mundo no futebol, a praia de Pipeline se transforma em um “Maracanã” para torcer pelo histórico título de Gabriel Medina no surfe.

O campeão mundial da temporada 2014 será definido no Pipe Masters até o dia 20 de dezembro. E os adversários do jovem de 20 anos são ninguém menos do que Kelly Slater e Mick Fanning.

– Nunca tive uma torcida assim no Havaí. Este é meu quarto ano aqui e nunca vi tantas pessoas torcendo por mim. É maneiro, isso me dá uma força a mais – revelou o paulista de São Sebastião.

Medina pode se tornar o primeiro brasileiro campeão do mundo neste sábado, caso Slater e Fanning percam suas baterias na segunda e na terceira fases, respectivamente. Uma chamada será feita às 15h30 (de Brasília), e a expectativa é de mar grande, com ondas de 5 a 6 metros. Na estreia, o brasileiro derrotou o havaiano Reef Mcintosh, que entrou pela triagem, e o australiano Dion Atkinson, 27º do ranking, indo direto à terceira fase. Mick também venceu a sua bateria e avançou. Já Kelly levou uma virada inesperada no fim e foi para a repescagem.

Cansados de sofrer com o Grêmio nos gramados do Brasil, Gustavo e Erika Maltoni carregaram a bandeira do Tricolor gaúcho para as areias da lendária praia para trazer sorte para Gabriel.

– Viemos unir a lua de mel ao campeonato. Programamos a lua de mel para ver o Medina ser campeão, mas o destino de casar foi uma coincidência da vida. Gostamos muito de surfe e sempre acompanhamos tudo. O Grêmio está horrível, por isso, mudamos de esporte para ver se dá uma melhorada – contou a dentista.

O estudante Anton Frank, de 24 anos, decidiu sair de Florianópolis para surfar e acompanhar o campeonato que pode ser histórico para o país:

– Surfo e quero que ele ganhe. Sou fã dos três, Medina, Mick Fanning e Kelly Slater, mas sou brasileiro. Estava com um amigo em Waikiki, vim um dia para o North Shore e falei: “Temos que ficar aqui”. Eu e meu amigo viemos surfar e curtir o campeonato.

Filhas de mãe brasileira, as argentinas Lisa e Julia Sanchez convenceram a família a viajar pelo segundo ano seguido ao Havaí para prestar apoio ao fenômeno da nova geração.

– Nós seguimos o Medina todo ano. Viemos ao Havaí no ano passado e para isso eu sou brasileira (risos). Gosto de tudo no Medina, ele é uma boa pessoa e craque no surfe – contou Lisa, que vive em Buenos Aires e estava vestida com uma camisa da Seleção Brasileira com a inscrição “Vai, Medina”.

O paulista Paulo Mário Strazelli é contador e também viajou do Brasil para o Havaí especialmente para torcer pelo brasileiro. Antes de embarcar de São Paulo para Honolulu, capital do arquipélago que pertence aos Estados Unidos, ele esteve em São Sebastião (SP) para assistir ao WQS Prime de Maresias. Na ocasião, Gabriel foi eliminado na terceira fase.

– Está é a minha primeira vez no Havaí. Vir para cá era um sonho de criança, pois eu surfo desde menino, tinha 10 anos quando comecei. E eu não poderia deixar de ver um feito inédito, com um brasileiro sendo campeão mundial pela primeira vez. Ele tem um carisma especial e muito surfe no pé, manda muito bem. Eu estive em Maresias e percebi que ele se poupou, pisou o pé no freio. Fez bem, afinal, é aqui que ele pode fazer história. O Medina está confiante e ganhou duas etapas nas melhores esquerdas do mundo, em Fiji e no Taiti, e Pipeline é a cara dele.

 

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