Di Maria volta à Copa para honrar geração argentina que ganhou tudo na base

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 De todas as principais candidatas ao título da Copa do Mundo 2014, a Argentina é a que carrega o mais incômodo jejum de conquistas – a última foi em 1986. Após cair nas quartas de final nos dois Mundiais passados, o país sabe que tem no Brasil uma de suas melhores chances de sair campeão. Isso porque não é só de Lionel Messi vivem os ‘hermanos’. Os adversários terão de ter muito cuidado também com o habilidoso Ángel di Maria.

O atacante é um dos grandes talentos de uma das mais promissoras gerações do futebol argentino em todos os tempos. Uma geração que ganhou duas Copas do Mundo sub 20 (2007 e 2009) e duas medalhas de ouro olímpicas (2004 e 2008), mas que ainda não demonstrou as mesmas força e maturidade entre os profissionais.

Desde 1990, quando foi vice-campeã na Copa do Mundo da Itália, a Argentina não passa das quartas de final. Na Copa América, o título não vem desde 1993 e, anfitriã, a seleção caiu também nas quartas de final na última edição, em 2011.

Revelado pelo Rosário Central, di Maria não demorou a chamar a atenção. Canhoto, com dribles fáceis e muito veloz, traçou um caminho muito comum a jovens talentos aqui do Brasil: foi cedo para a Europa. Com 19 anos e apenas 35 jogos pelo time argentino, teve em 2007 a oportunidade de esnobar proposta milionária do russo Rubin Kazan e assinar contrato com o Benfica, de Portugal, por um total de 8 milhões de euros.

O moral de di Maria com os portugueses era tamanho que sua contratação foi encarada como a substituição ideal de Simão, eterno ídolo do Benfica. O atleta não demorou a cair de fato nas graças dos torcedores e, em 2009, foi “apadrinhado” por ninguém menos que Diego Maradona, que o definiu como a “próxima superestrela argentina”.

Foram três títulos em Portugal: o Campeonato Português da temporada 2009/10 e as Copas de Portugal de 2008/09 e 2009/10. As atuações de gala fizeram com que o espanhol Real Madrid fosse atrás do jogador e o comprasse por 25 milhões de euros, mais 11 milhões de incentivos por metas conquistadas, após a Copa de 2010.

Apesar de ser atacante, di Maria sempre foi mais famoso por suas assistências do que por seus gols. Foi dessa forma que ajudou a equipe madrilenha a ganhar seu primeiro troféu, logo em sua temporada de estreia. Com um cruzamento do argentino, Cristiano Ronaldo fez de cabeça o gol do título da Copa do Rei sobre o arquirrival Barcelona. O primeiro Campeonato Espanhol veio no ano seguinte.

Desde então o argentino é peça fundamental no ataque do Real. Só falta realmente a consagração pela seleção. Algo bem possível na segunda Copa de sua carreira, principalmente se levado em conta o grupo que conta com Bósnia e Herzegovina, Irã e Nigéria. Se não houver zebras, os ‘hermanos’ só encontrarão outro campeão do mundo em uma eventual semifinal. O caminho está bom para a geração que, na base, ganhou de tudo.

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