Os onze milhões de eleitores equatorianos vão às urnas neste domingo (9) para escolher o novo presidente do país  e os 151 parlamentares da Assembleia Nacional para o período de 2025 a 2029, em um cenário marcado pela escalada da violência, da crise na segurança pública, de apagões e de dificuldades econômicas. A eleição ocorre após o assassinato do candidato Fernando Villavicencio, em 09 de agosto de 2023, um dos cinco mais bem posicionados no pleito. Um crime que chocou o país e evidenciou o avanço do crime organizado.

Nos últimos anos, o Equador tem enfrentado um aumento alarmante na criminalidade, impulsionado pelo tráfico de drogas e pela atuação de grupos violentos ligados a cartéis internacionais. A violência já impactou diretamente a campanha eleitoral, levando candidatos a reforçarem sua segurança e a priorizarem propostas para combater o crime. O Equador que antes era um dos países conhecidos pela traquila viu sua taxa de homicídios do país aumentar de 6 a cada 100 mil habitantes em 2018 para 38 a cada 100 mil habitantes em 2024, o que afugentou turistas estrangeiros e os próprios equatorianos.

Daniel Noboa, um milionário direitista de 37 anos, atual presidente, foi eleito em outubro de 2023 vencendo González, de centro-esquerda, no segundo turno por 52% dos votos. Ele foi eleito para um mandato tampão de 15 meses depois que o então presidente Guilherme Lasso dissolveu o Parlamento e convocou eleições antecipadas.

Daniel é o favorito para ganhar a eleição, mas enfrenta 15 candidatos, entre  eles a melhor posicionada nas pesquisas é Luisa González, da Revolução Cidadã, partido do ex-presidente Rafael Correa, que ocupou o cargo de presidente de 2007 a 2017.

Para levar a eleição no primeiro turno no Equador, o candidato tem que ter mais de 50% dos votos ou mais de 40% e uma distância de 10% do segundo colocado. Todas as pesquisas têm indicado um segundo turno entre Daniel Noboa e Luisa González.