Falta apenas uma semana para a virada de ano e os empresários de bares e restaurantes já estão com altas expectativas para 2026. De acordo com um levantamento da Abrasel, 69% dos estabelecimentos projetam faturar mais no primeiro trimestre de 2026 em comparação com o mesmo período deste ano. E para o último trimestre de 2025, 56% dos entrevistados também esperam crescimento.
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A confiança do setor é sustentada principalmente pelo desempenho recente das empresas, impulsionado pelas confraternizações de fim de ano e pelo pagamento do 13º salário para um número maior de trabalhadores, já que o país tem a menor taxa de desemprego dos anos recentes.
Ainda segundo a pesquisa, em novembro, 40% dos bares e restaurantes operaram com lucro e outros 40% registraram equilíbrio financeiro. Já o percentual de estabelecimentos no prejuízo ficou em 19%, pouco abaixo do observado no mês anterior. Outros 1% não existiam em novembro. Em relação a outubro, o faturamento também cresceu. De acordo com a pesquisa, 44% dos negócios registraram aumento, enquanto 28% mantiveram estabilidade e 27% apontaram queda.
Segundo Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, esse desempenho cria condições mais favoráveis para o início de 2026. “Além de estimular o crescimento das vendas, esse período aquecido abre espaço para a recuperação de margens sem provocar retração na demanda. Em novembro, por exemplo, 68% dos negócios já conseguiram realizar algum repasse de custos, o que tem permitido que muitos estabelecimentos iniciem o ano com mais fôlego financeiro”, afirma.
Outro fator que impulsiona as expectativas é o calendário de 2026, que contará com dez feriados nacionais e cinco pontos facultativos, muitos deles com potencial para se transformarem em feriadões prolongados. Para Solmucci, esse cenário tende a favorecer o consumo fora do lar. “Calendários como o de 2026 estimulam viagens, lazer e maior circulação de pessoas, o que tem impacto direto na demanda por bares e restaurantes, especialmente nos grandes centros e nos destinos turísticos”, conclui.
