Em novembro, o Brasil marcou ingresso de investimentos diretos maiores do que o esperado, além do resultado do acumulado do ano ter superado a projeção do Banco Central (BC) para o ano todo, segundo dados que foram divulgados nesta sexta-feira (19).
No mês, os investimentos diretos no país alcançaram US$ 9,820 bilhões, sendo que o valor esperado era de US$ 6,5 bilhões de acordo com pesquisa da Reuters e contra US$ 5,664 bilhões em novembro de 2024.
Dessa forma, o investimento direto chegou a US$ 84,164 bilhões no ano até novembro, calculando um aumento de 14% em comparação com o mesmo período de tempo de 2024. O valor superou a projeção do BC para o ano todo, de US$ 75 bilhões, que foi revisada na quinta-feira (18) de US$ 70 bilhões anteriormente.
A nova previsão do BC, de acordo com a entidade, é consistente com entradas de investimento direito equivalente a 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB), perto da média observada desde 2021 e um pouco abaixo dos 3,7% da década anterior à pandemia.
No entanto, nos 12 meses até novembro o investimento direto chegou ao total de 3,76% do PIB. Valor que foi mais do que o suficiente para cobrir um déficit em conta corrente de 3,47% do PIB.
O déficit em transações correntes foi de US$ 4,943 bilhões em novembro, o resultado foi perto da expectativa da pesquisa da Reuters, que projetava um saldo negativo de US$ 4,95 bilhões em novembro. No mesmo período do ano anterior houve déficit de US$ 4,418 bilhões.
Já a conta de renda primária teve déficit de US$ 6,169 bilhões no mês, em comparação com o rombo de US$ 5,796 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em novembro, a balança comercial teve superávit de US$ 5,119 bilhões, contra US$ 6,043 bilhões no mesmo mês de 2024.
Enquanto o rombo na conta de serviços foi de US$ 4,454 bilhões, contra déficit de US$ 5,051 bilhões em novembro do ano anterior.

