Os empregos na Paraíba estão fortemente marcados pela desigualdade de gênero e raça. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (3), o rendimento dos homens brancos no estado é 66% maior do que o de mulheres pretas ou pardas.
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Ainda de acordo com o levantamento, que integra a Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira, enquanto os homens brancos recebem mensalmente um valor médio de R$ 1,6 mil, mulheres pretas e pardas ganham apenas R$ 1 mil.
O rendimento dos homens brancos no estado na série histórica – entre 2012 e 2014 – teve um aumento de 30%, passando de R$ 1.277 para R$ 1.661. A evolução salarial das mulheres pretas e pardas no mesmo período também foi menor (19%), saindo de R$ 835 para R$ 1.000.
No total, a diferença salarial entre os dois grupos cresceu de R$ 442 para R$ 661.
Já o rendimento real domiciliar per capita médio da Paraíba aumentou 29%, desconsiderando os benefícios sociais – com um salto de R$ 971 para R$ 1.253.
Analisando o recorde de gênero, houve uma reversão de vantagens entre 2012 e 2024. Os homens passaram de R$ 963 para R$ 1276, já as mulheres saíram de R$ 979 para R$ 1.231. Um salto de 32,5% e 25,7%, respectivamente.
A disparidade também é observada no recorte de cor ou raça. Enquanto o rendimento médio das pessoas brancas aumentou de R$ 1.259 para R$ 1.653, o das pessoas pardas foi de R$ 815 para R$ 1.039 e das pessoas pretas para R$ 906 para R$ 1.085. Os crescimentos foram, respectivamente, de 31,3%, 27% e 19,8%.
