O setor da construção civil registrou um dos melhores desempenhos entre as atividades econômicas no terceiro trimestre deste ano. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (4), o PIB da construção avançou 1,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior, ritmo muito superior ao do PIB nacional, que teve uma variação positiva de apenas 0,1% no período.
A alta da construção contribuiu diretamente para o avanço de 0,8% do PIB da indústria como um todo. Dentro do setor industrial, além da construção, também se destacaram as indústrias extrativas, que cresceram 1,7%. Em contraste, o segmento de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos recuou 1,0%.
O resultado geral da economia ficou abaixo das projeções do mercado, que esperava um aumento de 0,2% no trimestre. Segundo o governo, o fraco desempenho está ligado à perda de fôlego do setor de serviços, responsável pela maior fatia do PIB brasileiro, que passou de um crescimento de 0,3% para apenas 0,1%.
No total, o PIB entre julho e setembro somou R$ 3,2 trilhões, dos quais R$ 2,7 trilhões correspondem ao valor adicionado a preços básicos e R$ 449,3 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o PIB brasileiro cresceu 1,8%, ligeiramente acima da expectativa de 1,7%. Esse desempenho foi influenciado pela revisão positiva dos resultados dos dois primeiros trimestres do ano.
O crescimento do primeiro trimestre foi revisto de 2,9% para 3,1%, enquanto o segundo trimestre passou de 2,2% para 2,4%. De acordo com o IBGE, o setor agropecuário teve papel importante nessas correções para cima.
