A semana da Black Friday (24 a 30 de novembro) deste ano teve um impacto direto na atividade do comércio físico, com um crescimento de 2,7% em relação ao período equivalente de 2024 (25/11 a 01/12). O levantamento foi realizado pelo Indicador da Atividade do Comércio, da Serasa Experian.
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No entanto, quando analisado apenas o recorte do final de semana (28 a 30 de novembro de 2025 vs. 29/11 a 01/12/2024), houve um recuo de 0,5%.

Segundo a economista da datatech, Camila Abdelmalack, o resultado reflete uma combinação de fatores que influenciaram o comportamento de consumo na data, marcada por maior diversificação dos meios de pagamento e por uma dinâmica de compras distinta da registrada em anos anteriores.
“O indicador acompanha o movimento de consultas de crédito realizadas pelos estabelecimentos comerciais. Em 2025, observamos que parte relevante das compras ocorreu por meio de transações à vista, impulsionadas pelo uso do Pix, que atingiu recorde de 297,4 milhões de operações em um único dia, data-chave da Black Friday, segundo dados do Banco Central. Além disso, o pagamento da primeira parcela do 13º salário, com prazo final coincidente com a promoção, favoreceu a quitação imediata de compras, mas não necessariamente ampliou a demanda por operações financiadas”, explica a economista.
Camila destaca ainda que o contexto de juros elevados mantém o crédito mais caro e restrito, o que limita a disposição para assumir novos financiamentos e reduz a intensidade das compras parceladas, mesmo em uma das datas mais relevantes do varejo. “Outro ponto que influenciou o padrão de consumo deste ano foi a antecipação das ofertas ao longo de novembro, o que distribuiu as compras em um período mais longo e diminuiu a concentração típica da semana principal e do final de semana da Black Friday.”
Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, acesse o site oficial da Serasa Experian clicando aqui.

