O nível de inadimplência das famílias brasileiras não é resultado de uma crise de renda e emprego, e sim da pressão da alta taxa de juros, atualmente em 15% ao ano. A afirmação do vice-presidente de Finanças e Controladoria da Caixa Econômica Federal, Marcos Brasiliano Rosa.
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A declaração foi feita durante a apresentação do balanço do terceiro trimestre da Caixa, que aconteceu nesta quinta-feira (27), em São Paulo.
“A nossa carteira nos dá tranquilidade de enfrentar esse momento. A gente percebe, sob a ótica econômica, que não temos crise de renda, não temos crise de emprego. O endividamento da família preocupa muito mais pela taxa de juros hoje, no patamar que está, do que propriamente que o volume”, declarou Brasiliano.
A instituição registrou R$ 3,8 bilhões de lucro contábil do terceiro trimestre de 2025, o que representa um aumento de 15,4% frente ao mesmo período do ano passado e de 50,3% em relação a setembro de 2024.
No entanto, o índice de inadimplência da Caixa saltou dos 2,66% registrados em junho para 3,01% em setembro. De acordo com o banco, a taxa está abaixo da média da concorrência – que passou de 3,79% para 4,12%.
O agronegócio foi o principal contribuidor para o aumento da inadimplência, subindo de 7,02% para 11,20% no período. Em segundo lugar vem o comercial (8,23% para 8,95%) e seguido pelo imobiliário (2,66% para 3,01%).
