Black Friday 2025 deve bater recorde e atingir R$ 5,4 bilhões em vendas, aponta CNC

Mesmo com endividamento elevado e crédito caro, varejo deve crescer 2,4% na data; câmbio mais favorável e desemprego baixo impulsionam resultado.

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A Black Friday deste ano, marcada para esta sexta-feira (28), tem previsão de alcançar o maior volume de vendas já registrado desde 2010. Segundo projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a data deve movimentar R$ 5,4 bilhões, um avanço estimado de 2,4% em relação ao desempenho de 2024.

Apesar do cenário econômico ainda marcado por incertezas, o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, afirmou que o comércio terá crescimento. “É momento de cautela na economia nacional, de incertezas no cenário externo e de endividamento recorde das famílias brasileiras, mas, ainda assim, veremos um incremento nas vendas da Black Friday este ano”, declarou.

De acordo com a CNC, o alto número de famílias endividadas e inadimplentes, somado ao crédito mais caro, limita um avanço mais robusto. Em contrapartida, dois fatores devem sustentar a expansão: a queda do dólar e a melhora no mercado de trabalho.

A confederação lembra que, nos últimos 12 meses, a taxa média de câmbio diminuiu 8,3%, fortalecendo o poder de compra do real. Em novembro do ano passado, o dólar estava próximo de R$ 5,80, bem acima do patamar atual. Além disso, o país vem registrando os menores níveis de desemprego da série histórica do IBGE, o que tem estimulado o varejo. A massa real de rendimentos cresceu 5,5% no segundo trimestre, em comparação com o mesmo período de 2024.

Para 2025, a CNC estima que três segmentos concentrarão a maior fatia das vendas da Black Friday: hipermercados e supermercados (R$ 1,32 bilhão), eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 1,24 bilhão) e móveis e eletrodomésticos (R$ 1,15 bilhão). Vestuário e acessórios (R$ 0,95 bilhão), além de farmácias, perfumarias e cosméticos (R$ 0,38 bilhão), também devem se destacar.

A confederação reforça que a data é a quinta mais importante para o varejo, atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais. Para medir o potencial de descontos, a entidade monitorou diariamente os preços de 150 produtos, distribuídos em 30 categorias, ao longo dos últimos 40 dias.

O levantamento apontou que 70% dessas categorias têm margem para oferecer reduções reais no dia da campanha. Entre os itens com maior possibilidade de desconto estão papelaria (-10,14% no período), livros (-9,02%), joias e bijuterias (-9,01%), perfumaria (-8,20%), utilidades domésticas (-8,18%) e higiene pessoal (-8,11%).

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