O Sistema Financeiro Nacional (SFN) teve uma alta de 0,1% de inadimplência em outubro deste ano, alcançando o patamar de 4%. No período de 12 meses, o avanço foi de 0,8 ponto percentual (p.p). Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (26).
Siga o canal do WSCOM no Whatsapp.
A taxa de inadimplência considera atrasos acima de 90 dias e, de acordo com o BC, essa foi a maior alta acumulada desde o início de 2022 – período em que a Selic entrou em dois dígitos.
Confira o desempenho da taxa ao longo deste ano:
- jan/2025: –0,07 p.p
- fev/2025: 0,00 p.p
- mar/2025: +0,08 p.p
- abr/2025: +0,26 p.p
- mai/2025: +0,28 p.p
- jun/2025: +0,40 p.p
- jul/2025: +0,60 p.p
- ago/2025: +0,74 p.p
- set/2025: +0,67 p.p
- out/2025: +0,83 p.p
O comportamento da taxa em 2025 foi atípico quando comparado aos dois anos anteriores. Em 2023, a inadimplência oscilou entre +0,20 p.p e +0,30 p.p em todos os meses. Em contrapartida, 2024 registrou apenas variações negativas ou próximas de zero, sem registrar alta da inadimplência.
A inadimplência no crédito livre conta com uma alta de 0,9 p.- em 12 meses, com estabilidade no patamar de 5,3% em outubro. Para as empresas, a inadimplência do crédito livre chegou a 3,3%. Já entre as famílias, o patamar se manteve no mesmo nível do mês anterior (6,7%), mas está 1,3 ponto acima do registrado em outubro de 2024.
De acordo com o BC, as famílias concentram a maior parte do endividamento (R$ 4,3 trilhões) quando comparada às empresas (R$ 2,6 trilhões). Esse cenário demonstra que as pessoas físicas respondem por mais de 60% do crédito do sistema financeiro.
