A segunda edição do Summit Mulher Nordeste ocorreu no Centro de Formação Padre Teodoro Arnesto, em João Pessoa. Promovido pela Central Sicredi Nordeste, o evento reuniu coordenadoras e membros dos Comitês Mulher de diversos estados da região para debater temas como empreendedorismo, liderança e inclusão no sistema cooperativo.
De acordo com a assessora de desenvolvimento do cooperativismo, Joana Macedo, o objetivo do encontro é ampliar o espaço de atuação das associadas. “A gente está aqui com aproximadamente 60 mulheres que pensam em como oportunizar mais espaços para nós no cooperativismo, seja na liderança das cooperativas ou no empreendedorismo local. Queremos abrir mais espaço para as mulheres brilharem e transformarem o Nordeste”, destacou.
A integração entre os comitês e o fortalecimento da rede de apoio feminina também foram pontos centrais da programação. A coordenadora do Comitê Mulher, Ana Margarida, ressaltou que a iniciativa representa “um processo de reconhecimento, valorização e desenvolvimento da mulher, que cada vez mais assume cargos de liderança dentro das cooperativas”.
Entre as experiências compartilhadas, Débora Cavalcanti, também coordenadora do Comitê Mulher, apresentou um case de sucesso realizado em parceria com a cooperativa de catadores de lixo de Campina Grande (PB). “Essa troca é fundamental para o sucesso do nosso trabalho. Além da interação, mostramos projetos que geram impacto real nas comunidades”, explicou.
O diretor executivo da Central Sicredi Nordeste, Wellington José da Silva, destacou a crescente participação feminina no cooperativismo de crédito. “30% das empresas associadas têm liderança de mulheres, o que evidencia a importância do papel feminino no cooperativismo e na economia local”, disse.
A programação incluiu palestras, painéis e mentorias com foco em desafios e oportunidades para mulheres que ocupam espaços de decisão. Francieli Muller, especialista em inclusão e diversidade da Fundação Sicredi, pontuou que o Comitê Mulher já está presente em mais de 52 cooperativas em todo o país. “Temos observado uma participação cada vez maior das cooperativas do Nordeste nesse movimento sistêmico”, afirmou.