Queda do IGP-DI foi puxada por preços do agro e da energia elétrica

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou deflação de 0,03% em outubro, após alta em setembro, segundo a FGV. A queda foi influenciada pela retração nos preços agropecuários (trigo, café, soja) e pela redução nas tarifas de energia elétrica.

(Foto: Reproducão)

Após uma alta de 0,36% em setembro, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou uma deflação de 0,03% em outubro. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta sexta-feira (7). Mesmo com a queda, o resultado ficou longe da expectativa dos analistas do mercado financeiro – uma deflação de cerca de 0,22%.

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De acordo com a Reuters, que publicou a pesquisa com as estimativas do mercado, o indicador acumula no ano uma deflação de 1,31%, enquanto em 12 meses registra avanço de 0,73%, conforme apontou o levantamento da FGV.

O economista do FGV Ibre, Matheus Dias, explicou que o movimento foi influenciado principalmente pela retração nos preços de produtos agropecuários e de energia. “No IPA, destacou-se a queda generalizada de produtos agropecuários com peso significativo na estrutura do índice, como café em grão, trigo em grão, soja em grão e leite in natura, que exerceram pressão deflacionária. Quanto aos preços ao consumidor, passagens aéreas e tarifas de energia elétrica foram os principais responsáveis pela desaceleração”, afirmou em comunicado da instituição.

Setores e produtos em destaque

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que representa 60% do IGP-DI, recuou 0,13% em outubro, revertendo a alta de 0,30% registrada no mês anterior. Entre os destaques, o trigo em grão caiu 9,71%, após queda de 3,08% em setembro. A soja em grão teve baixa de 0,36% (ante alta de 0,07%), e o café em grão recuou 1,30%, revertendo o forte avanço de 14,81% observado no mês anterior.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que corresponde a 30% da composição do indicador, desacelerou o ritmo de alta para 0,14%, ante 0,65% em setembro. As maiores reduções vieram das tarifas de eletricidade residencial, com queda de 2,83% (ante alta de 10,34%), e das passagens aéreas, que recuaram 5,44% (após elevação de 18,91% no mês anterior).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), que completa os 10% restantes da estrutura do IGP-DI, subiu 0,30% em outubro, acelerando em relação ao aumento de 0,17% registrado em setembro.

O IGP-DI é calculado pela FGV considerando as variações de preços ao produtor, ao consumidor e na construção civil entre o primeiro e o último dia do mês de referência.

Crédito: Brasil 247

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