Nesta sexta-feira (7), a China anunciou a reabertura do mercado para a carne de frango proveniente do Brasil, depois de seis meses de comércio paralisado. A decisão, divulgada pela Administração Geral de Alfândegas do país asiático, tem efeito imediato.
Em 16 de maio as compras foram suspensas, depois que autoridades brasileiras identificaram o primeiro, e até agora único, caso de gripe aviária em uma granja comercial localizada em Montenegro, no Rio Grande do Sul. A China, principal destino das exportações de frango do Brasil, interrompeu totalmente as compras desde então.
De acordo com o comunicado chinês, a retomada foi autorizada “com base nos resultados da análise de risco”. A avaliação decorreu de uma missão técnica do governo da China que visitou o Brasil no final de setembro. Durante a visita, a equipe realizou uma auditoria para confirmar que o país estava novamente livre da doença.
Apesar da demora na decisão chinesa, o Brasil já havia se declarado livre da gripe aviária desde 18 de junho, após cumprir 28 dias sem registrar novos casos em estabelecimentos comerciais.
O Brasil é atualmente o maior exportador mundial de carne de frango, com embarques para 151 países. Diversos mercados, como Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e União Europeia, já haviam retomado as compras antes da decisão chinesa. Entre os grandes importadores, apenas o Canadá ainda mantém a proibição total.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou o anúncio, atribuindo a reabertura à “competência técnica” e à “diplomacia” do Brasil. “Houve um amplo e altamente profissional trabalho de negociação neste processo, que incluiu a renegociação de certificados sanitários para evitar suspensões totais de países em eventuais novas ocorrências”, explicou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
