Haddad rebate pressão dos bancos e afirma que taxas de juros “vão ter que cair”

Às vésperas da decisão do Copom, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pressionou o Banco Central, afirmando que as taxas de juros "vão ter que cair". Haddad criticou a manutenção da taxa real de 10%, citando a melhora das projeções de inflação.

Foto: REUTERS/Mateus Bonomi

Às vésperas da super-quarta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as taxas de juros terão que cair. A opinião do chefe da pasta vai contra à pressão dos bancos sobre o Banco Central para não baixar as taxas. O ministro ainda citou, nesta terça-feira (4), uma melhora nas expectativas do mercado e nos dados correntes de inflação.

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Em evento promovido pela Bloomberg em São Paulo, um dia antes de o BC anunciar sua decisão sobre o patamar dos juros básicos, Haddad afirmou que uma taxa real de juros de 10% no Brasil é algo que não faz sentido.

“Vão ter que cair, vão ter que cair. Por mais pressão que os bancos façam sobre o Banco Central para não baixar juros, elas vão ter que cair”, disse.

“Não tem como sustentar 10% de juro real com a inflação andando em 4,5%. Você vai sustentar um juro de 15% em nome do quê?”

Haddad ponderou que não é possível afirmar quando acontecerá o corte de juros pela autoridade monetária.

O mercado tem melhorado gradualmente as projeções para a inflação neste e nos próximos anos, mas em níveis ainda incompatíveis com o atingimento do centro da meta contínua de 3%.

De acordo com o mais recente boletim Focus do BC, as expectativas de inflação estão em 4,55% para este ano (contra 4,80% há um mês), 4,20% para 2026 (4,28% antes) e 3,80% para 2027 (3,90% antes).

A Selic está atualmente em 15% ao ano, e BC anuncia na quarta-feira sua decisão para os juros básicos após ter defendido em suas comunicações oficiais uma manutenção da taxa neste nível por período “bastante prolongado”, para assegurar o atingimento da meta de inflação.

Crédito: Brasil 247

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