A Amazon comunicou nesta terça-feira (28) que irá eliminar cerca de 14 mil postos de trabalho corporativos em todo o mundo. O corte corresponde a aproximadamente 5% dos empregos administrativos da empresa, que somam cerca de 300 mil funções em áreas como finanças, vendas e gestão.
Embora não tenha detalhado quais países ou unidades serão afetados, a companhia classificou a medida como uma “redução global”. Segundo comunicado oficial, o objetivo é tornar a estrutura mais eficiente e concentrar investimentos em áreas estratégicas.
“As reduções que anunciamos hoje são uma continuidade dos esforços para nos fortalecer ainda mais ao reduzir a burocracia, eliminar camadas e realocar recursos para garantir que estamos investindo em nossas maiores apostas”, afirmou Beth Galetti, vice-presidente de Recursos Humanos e Tecnologia da Amazon.
Atualmente, a Amazon emprega cerca de 1,5 milhão de pessoas no mundo, a maioria em funções logísticas e operacionais.
O anúncio acontece dois dias antes da divulgação do balanço do terceiro trimestre, prevista para quinta-feira (30). De acordo com projeções de analistas, a receita da empresa deve alcançar US$ 177,8 bilhões, um avanço de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. As estimativas também apontam lucro por ação de US$ 1,58 e lucro operacional de US$ 23,7 bilhões, crescimentos anuais de 10% e 4%, respectivamente.
No trimestre anterior, o desempenho havia superado as expectativas, com aumento de 13% na receita, 21% no lucro operacional e alta de 33% no lucro por ação.
No Brasil, a Amazon mantém cerca de 36 mil empregos diretos e indiretos. Segundo Prakash Rochlani, vice-presidente da empresa para operações na América Latina, Ásia-Pacífico, África e Oriente Médio, o grupo emprega cerca de 18 mil pessoas diretamente e contratou mil novos colaboradores apenas neste ano. “A companhia já soma investimentos de US$ 10 bilhões na última década no país”, destacou Rochlani em publicação no LinkedIn há dois meses.
A operação brasileira da Amazon conta com 12 centros de distribuição espalhados por estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Amazonas e Distrito Federal. A rede logística nacional é complementada por mais de 150 polos operacionais em todo o território.
