Retorno aos escritórios ganha força no Brasil em meio a cortes e desafios do home office

Cortes de funcionários em home office apresentam dilema sobre produtividade e reforçam tendência de retorno aos escritórios, mesmo com desafios para consolidar modelos híbridos.

Foto: Reprodução

As recentes demissões no Itaú Unibanco, que tiveram como alvo principalmente funcionários em regime de home office por baixa produtividade, trouxeram a discussão sobre o modelo ideal de trabalho no Brasil: presencial, remoto ou híbrido.

O caso reforça uma tendência que já vinha sendo apontada por especialistas: a retomada do trabalho nos escritórios, mas também o crescimento do modelo híbrido que busca equilibrar eficiência e bem-estar dos colaboradores.

De acordo com levantamento da Gupy em parceria com a LCA Consultoria Econômica, publicado em 2024, 87,2% das vagas abertas no país ainda são presenciais. Apenas 7% seguem o formato híbrido e 5% são voltadas para o trabalho remoto.

Embora o home office tenha sido visto durante a pandemia como “o futuro do trabalho”, o retorno ao escritório tem se consolidado como padrão. No mercado imobiliário corporativo a taxa de vacância de escritórios no Brasil caiu ao menor nível desde 2020, indicando que empresas estão reocupando os espaços físicos.

A adoção de formatos flexíveis, porém, exige questões como infraestrutura tecnológica, segurança da informação e adaptação às exigências legais. Fatores que ainda desafiam as empresas.

A Lei nº 14.442/22, que regulamenta o trabalho remoto e híbrido, trouxe novas regras, mas muitas empresas enfrentam dificuldades para adequar contratos e políticas internas. Segundo a CEO da Moema Medicina do Trabalho, Tatiana Gonçalves, é preciso observar normas de ergonomia, como a NR 17, para evitar riscos de acidentes ou doenças ocupacionais no home office.

Outro ponto é a resistência de gestores em supervisionar equipes à distância. “A falta de contato constante pode gerar desconexão e afetar o engajamento”, destaca ela.

Apesar das dificuldades, o modelo híbrido deve seguir como aposta das empresas que buscam atrair e reter talentos.

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