O Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB) foi criado pela Receita Federal em junho de 2021 e funciona como um “CPF dos imóveis”. Cada propriedade, urbana ou rural, recebe um código único, que integra dados jurídicos, fiscais e cadastrais dentro do Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais (Sinter).
Segundo a Receita Federal, o objetivo é melhorar a identificação e o controle sobre imóveis em todo o país, permitindo maior segurança jurídica, combate à informalidade e eficiência na arrecadação tributária.
A Instrução Normativa nº 2.275, da Receita Federal, publicada em 18 de agosto de 2025, determina que os serviços notariais, como cartórios de notas e de registro de imóveis, sejam integrados ao Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais (Sinter).
Isso significa que cada contrato de compra e venda, cada escritura e cada contrato de aluguel registrado deve ser transmitido em tempo real ao sistema, gerando automaticamente o CIB, apelidado de “CPF dos imóveis”.
Com isso, o CIB se consolida como a principal referência de controle para imóveis, fechando brechas que permitiam a não declaração de aluguéis e transações. A medida deve reduzir a sonegação fiscal e tornar o mercado mais transparente.
Em João Pessoa, de acordo com o Índice FipeZap, foi registrado uma valorização acumulada de 16,47% em imóveis residenciais até janeiro de 2025, com alta de 1,57% apenas neste mês.
Outro levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP) indicou que os preços subiram 18,25% até abril de 2025, quase o dobro da média nacional.
Segundo o Ministério das Cidades, no primeiro trimestre de 2025, 87,4% dos financiamentos habitacionais na Paraíba foram para imóveis novos, contra apenas 12,6% para usados.
Ainda no setor, a Paraíba foi destaque nacional no crescimento de consorciados de imóveis. Entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período de 2025, o número de participantes subiu de 12.475 para 17.142, uma alta de 37,4%, a segunda maior do país.