Motta prevê consenso na votação do projeto de isenção do IR: “Chega muito forte ao Plenário”

Presidente da Câmara avalia que o relatório aprovado por unanimidade deve ser preservado

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, demonstrou pouca crença em caminho para anistia plena - Foto: Acervo Câmara dos Deputados
Foto: Acervo Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o texto aprovado pela comissão especial que discutiu a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil chega fortalecido ao Plenário e deve ser mantido. Para ele, a proposta reúne equilíbrio nas compensações e apoio tanto da base aliada quanto da oposição.

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“A escolha do [ex]-presidente Lira [como relator] demonstra que colocamos alguém com interlocução com a Casa e que dialoga bem com os partidos da base aliada e da oposição. Os trabalhos cumpriram os requisitos do debate, e a aprovação por unanimidade demonstra que o trabalho foi bem feito”, afirmou Motta durante evento promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico, além da rádio CBN.

Expectativa de manutenção do texto

Segundo o presidente, eventuais emendas e destaques serão analisados pelos parlamentares, mas a tendência é de preservação do relatório.

“Claro que teremos emendas e destaques que queiram mudar algo, mas, pela construção feita, entendo que o texto da comissão possa vir a ser mantido. Temos que aguardar, a política é dinâmica, é uma Casa plural, mas vamos enfrentar os destaques e as iniciativas para aumentar a bondade do pacote, mas a Câmara vai ter responsabilidade”, defendeu o presidente.

Articulação política

Ao ser questionado sobre a falha do governo na articulação que resultou no comando da oposição na CPMI do INSS, Motta classificou o episódio como pontual e rejeitou a ideia de que isso possa prejudicar a tramitação das medidas econômicas.

“O governo não acompanhou essa ausência de parlamentares e facilitou que oposição pudesse eleger o presidente. Querer trazer esse cenário pontual da CPMI para um cenário de evitar e diminuir os danos da política tarifária é exagero. É pessimista dizer que as medidas não prosperarão no Congresso. É importante lembrar que o Senado e Câmara aprovamos a lei da reciprocidade econômica por unanimidade nas duas Casas”, lembrou Motta.

Ele reforçou a necessidade de compromisso institucional. “Entendo que todo brasileiro que exerce a função parlamentar tem que ter compromisso com o Brasil, e temos que estar alinhados aos Poderes Executivo e Judiciário”, afirmou Motta.

Respostas legislativas

Hugo Motta destacou que dará prioridade à MP 1309/25, que cria alternativas para apoiar os setores impactados pelo tarifaço americano. “Essa medida apresenta boas medidas , porque traz abertura de crédito e diversas formas para socorrer setores impactados pelo tarifaço. Esses setores só tem o poder público para se apoiar nas circunstâncias do momento”, disse.

O presidente criticou a postura dos Estados Unidos no impasse comercial. Para ele, mesmo com a disposição do governo brasileiro em dialogar, não houve reciprocidade.

“Espero que essa intransigência política possa ser ultrapassada, e o governo americano possa voltar um pouco mais para realidade e que a normalidade possa ser retomada”, afirmou.

“O mundo inteiro tem criticado o que foi feito com o nosso País, e temos, claro, que nos posicionar”, disse Motta no evento.

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