Presidente da Petrobras diz que reajuste da gasolina em 2014 está sob análise

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A Petrobras anunciou hoje (12) a investidores nacionais e internacionais seus resultados de janeiro a março de 2014, que registraram lucro líquido de R$ 5,4 bilhões (queda de 14% em relação ao 4º trimestre de 2013) e lucro operacional de R$ 7,6 bilhões, 8% a mais que no último trimestre do ano passado. De acordo com a presidenta da estatal, Graça Foster, a queda do lucro líquido ocorreu por conta do fim de benefício fiscal sobre os juros do capital próprio da empresa, vigentes no último trimestre do ano passado, e do contingenciamento de R$ 3,2 bilhões do orçamento do Plano de Incentivo às Demissões Voluntárias (PIDV).

O corte de custos, por outro lado, foi o principal responsável pelo crescimento do lucro operacional. “Se não fosse pelo PIDV e outros fatores menores, teríamos um lucro líquido neste primeiro trimestre de R$ 7 bilhões, próximo do que registramos no primeiro trimestre de 2013, R$ 7,7 bilhões”, ponderou Graça.

A presidenta da Petrobras afirmou ainda que a empresa estuda novo reajuste da gasolina para algum momento de 2014, de forma a equilibrar a conta entre os preços pagos pela estatal quando importa gasolina e os valores praticados para o mercado interno. “Estamos mantendo conversas sobre o assunto, de forma permanente e padronizada. Hoje, a orientação é não repassar a volatilidade para o mercado, mas não há paridade (entre os preços da gasolina importada e a negociada internamente) e nós precisamos considerar a possibilidade do aumento para entramos 2015 em melhores condições do que entramos este ano”, afirmou.

O último reajuste da gasolina ocorreu em novembro de 2013 e foi de 4%. Apesar de não ter confirmado valores, Graça deu a entender que o novo reajuste pode ser próximo ou abaixo desse percentual, já que a empresa busca um aumento “moderado” do valor do combustível.

Assim, com a conclusão do programa de corte de custos operacionais, maior paridade dos preços internos da gasolina com o mercado internacional e a entrada de operação de novos poços prospectados nos últimos anos, a perspectiva da estatal para o segundo semestre de 2014 e para o ano seguinte é de retomada do fluxo de caixa positivo e crescimento da ordem de 7,5% da produção.

Atualmente, a Petrobras produz 2 milhões de barris de petróleo por dia, além de outros 2 milhões de barris de produtos derivados de petróleo. A Petrobras também espera que os resultados com derivados apresentem melhora nos próximos anos, se mantida a queda de preço de produção: do último trimestre de 2013 até o fim de março deste ano, o custo da produção em dólares caiu 5%.

Questionada sobre as investigações internas relativas à compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), que será investigada por Comissão Parlamentar de Inquérito no Congresso, Graça ressaltou que esta é uma de cinco investigações internas em andamento, e que, até agora, nenhuma delas revelou indícios de irregularidades. “Estão em funcionamento comissões para apurar denúncias de irregularidades em contratos com a Astromaritima Navegação, com as refinarias do Comperj e a Abreu Lima, em Pernambuco, além da compra de Pasadena. Essas investigações serão concluídas em breve. Até agora, não localizamos indícios de irregularidades”, afirmou.

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