Após a aprovação do PL da Dosimetria na Câmara dos Deputados, que reduz penas de condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, e a aprovação do marco temporal para demarcação de terras indígenas, entidades sindicais e movimentos sociais intensificaram a mobilização nas ruas. Frentes como Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de partidos de esquerda, classificam as medidas como “anistia disfarçada” para Jair Bolsonaro e aliados e um duro ataque à democracia e aos direitos dos povos indígenas.
Em João Pessoa, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e organizações sociais convocam um grande ato para o próximo domingo (14), às 9h, no Busto de Tamandaré, na orla de Tambaú. A manifestação integra uma jornada nacional de protestos que pretende pressionar o Congresso contra o PL da Dosimetria, o marco temporal e a retomada da Reforma Administrativa, vista pelos organizadores como um ataque aos servidores públicos e aos serviços prestados à população.
Os movimentos têm adotado o lema “Basta desse Congresso inimigo do povo” e miram diretamente as presidências da Câmara e do Senado, ocupadas por Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), acusados de pautar projetos que beneficiam envolvidos na tentativa de golpe e restringem direitos sociais e trabalhistas. Além de defender a punição integral de todos os golpistas, os organizadores afirmam que a resposta às decisões do Legislativo virá das ruas, com pressão permanente para barrar novos retrocessos e reforçar a defesa da soberania, da democracia e dos serviços públicos em todo o país.

