O pagamento do 13º salário deve aumentar R$ 369,4 bilhões na economia brasileira até dezembro de 2025, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Desse montante, cerca de R$ 60 bilhões (16,4%) serão movimentados no Nordeste, terceira região com maior participação no total nacional, atrás apenas do Sudeste (49,6%) e do Sul (17,3%).
O Dieese calcula que 95,3 milhões de brasileiros receberão o benefício, com valor médio de R$ 3.512. Entre eles, 59,5 milhões são trabalhadores formais, incluindo 1,5 milhão de empregados domésticos com carteira assinada, e 34,8 milhões são aposentados e pensionistas da Previdência Social (INSS).
A influência do Nordeste no resultado é significativa, especialmente pelo peso do setor público e dos benefícios previdenciários. Estados como Bahia, Pernambuco e Ceará lideram a circulação de recursos na região, que deve sentir um impulso expressivo nas vendas de fim de ano, principalmente no comércio e nos serviços.
No total, R$ 260 bilhões (70,4%) serão destinados a trabalhadores formais, enquanto R$ 109,5 bilhões (29,6%) irão para aposentados e pensionistas. O valor equivale a 2,9% do PIB nacional, e deve ser pago majoritariamente entre novembro e dezembro.
O levantamento, baseado em dados da Rais, Novo Caged, Pnad Contínua, INSS e Secretaria do Tesouro Nacional, mostra também que o custo médio do benefício varia entre as regiões. Enquanto o Distrito Federal apresenta o maior valor médio (R$ 5.877), Maranhão e Piauí registram os menores, em torno de R$ 2.400.
O estudo ainda destaca que o setor de serviços, que inclui a administração pública, deve concentrar 63% dos recursos pagos a trabalhadores da ativa, seguido pela indústria (17,4%) e o comércio (13,2%).