Em meio à dor da perda do filho, uma criança autista de 11 anos, que foi assassinado pelo próprio pai, a mãe da criança desabafou e afirmou à imprensa que não há justificativa possível para o ato brutal cometido pelo ex-companheiro. O crime teria ocorrido logo após o pai simular uma visita ao filho.
“Deixei tudo certo. Deixei o menino alimentado, dei banho, ainda quis ficar mais um tempo, mas ele (o pai da criança) falou: “Não, pode ir que eu cuido, eu preciso conviver”. Não passava pela minha cabeça o que ia acontecer. Não tem justificativa. O Arthur foi uma criança incrível, nasceu de 5 meses, 800 gramas. A gente batalhou a vida inteira por ele. O que aconteceu só cabe à Justiça agora”, disse Aline Lorena, mãe da criança.
O menino estava desaparecido desde a manhã da última sexta-feira (31) quando, no domingo (02/11), o caso teve uma reviravolta estarrecedora. O pai, que viajou para Santa Catarina após o crime, ligou para a mãe da criança, confessando o assassinato e indicando o local onde o corpo estava ocultado: uma região de mata no bairro Colinas do Sul. A Polícia Militar foi acionada e encontrou o corpo do garoto.
Conforme apurado pelo delegado Bruno Germano, o suspeito se apresentou espontaneamente em uma delegacia de Florianópolis, onde foi preso.
O Instituto de Medicina Legal (IML) de João Pessoa confirmou que a criança foi morta por asfixia por sufocamento. Segundo a Polícia Civil, o crime teria ocorrido nos primeiros momentos do encontro entre pai e filho.
A família da vítima, devastada, lamentou a forma cruel como a vida do menino foi tirada, destacando sua inocência e suas condições de saúde.
“Meu sobrinho era um menino feliz, tranquilo, não falava, mas demonstrava carinho com gestos e sons. Ele nasceu de 24 semanas, ficou cinco meses na UTI da Santa Casa e superou tudo. Perdeu a visão, mas vivia bem. Não merecia esse fim,” declarou a tia do menino.