Dois paraibanos estão entre os mortos na megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que deixou ao menos 121 pessoas mortas. A lista com os nomes dos mortos, divulgada pela Cúpula da Segurança Pública e pela Defensoria Pública do Rio, mostra que boa parte das vítimas era de outros estados.
O primeiro identificado é Ronaldo Julião da Silva, de 46 anos, natural de Campina Grande. O segundo paraibano foi identificado como Jorge Benedito Correa Barbosa, de 54 anos. De acordo com o relatório da Ouvidoria da Defensoria Pública do Rio, Ronaldo não possuía anotações criminais, enquanto Jorge Benedito era condenado por roubo.
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A Polícia Civil informou que, entre os 115 mortos identificados, 97 apresentavam histórico criminal relevante e 59 tinham mandados de prisão pendentes. O relatório aponta que 62 mortos eram de outros estados — sendo 19 do Pará, 9 do Amazonas, 12 da Bahia, 4 do Ceará, 2 da Paraíba, 1 do Maranhão, 9 de Goiás, 1 de Mato Grosso, 3 do Espírito Santo, 1 de São Paulo e 1 do Distrito Federal.
Apesar da operação ter sido deflagrada com o objetivo de capturar o líder do Comando Vermelho, Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”, o principal alvo segue foragido. O Ministério Público do Rio de Janeiro não recebeu, até o momento, nenhuma denúncia formal sobre os mortos na operação, e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) criou um observatório para acompanhar o caso e fiscalizar possíveis excessos das forças policiais.