A Polícia Civil da Paraíba prendeu, na manhã desta quinta-feira (30), dois secretários municipais de Jacaraú e outros dois suspeitos investigados pela morte do vereador Peron Filho, assassinado a tiros no dia 15 de setembro, no Litoral Norte do estado. A ação faz parte da Operação Parlamento, deflagrada com apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Norte.
Jeferson Carvalho e Antônio Fernandes, secretários presos. (Foto: Reprodução)
De acordo com as informações divulgadas, foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em cidades da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Entre os presos estão Jeferson Carvalho da Silva, secretário de Transportes, e Antônio Fernandes Alves Bezerra, secretário de Administração de Jacaraú.
As investigações são conduzidas pela 7ª Delegacia Seccional de Mamanguape (DSPC), com apoio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), da Unintelpol/PCPB e do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Segundo o delegado Sylvio Rabello, os dois secretários são suspeitos de terem sido mandantes do crime, enquanto os outros dois presos, detidos no Rio Grande do Norte, teriam atuado como executores.
Relembre o crime
O vereador Peron Bezerra Pessoa Filho, de 36 anos, foi morto após sair de uma partida de futsal no município de Pedro Régis, por volta das 19h30. Ele conduzia uma motocicleta quando foi surpreendido por atiradores e atingido por três disparos nas costas, morrendo no local.
Durante as primeiras fases da investigação, a Polícia Civil tratou o caso como execução e não descartou motivação política. O delegado Sylvio Rabello destacou que a equipe analisava também outras possíveis causas e ameaças relatadas anteriormente pelo próprio parlamentar e por familiares.
Natural de Jacaraú, Peron era filiado ao MDB e havia sido reeleito em 2024 com 702 votos, sendo o terceiro mais votado na Câmara Municipal. Ele exercia o segundo mandato consecutivo e era considerado uma das principais lideranças jovens do município.
Após o crime, a Prefeitura de Jacaraú decretou três dias de luto oficial e lamentou o assassinato, classificando a morte do vereador como “uma perda irreparável para o município”.
A Polícia Civil informou que novas diligências seguem em andamento para reunir provas e esclarecer completamente a dinâmica e a motivação do homicídio.
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