BRASIL 247 – A Petrobras anuncia nesta quinta-feira (27), após o fechamento do mercado financeiro, seu novo plano de negócios para o período de 2026 a 2030. O documento é considerado decisivo para orientar não apenas os rumos da companhia, mas também toda a cadeia produtiva de petróleo e gás no Brasil.
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O plano confirma que a estatal liderada por Magda Chambriard seguirá concentrada na expansão da produção, na exploração de novas fronteiras e na recuperação de campos maduros, com ênfase nos ativos mais produtivos das bacias de Campos e Santos, especialmente no pré-sal — hoje a espinha dorsal da rentabilidade da companhia.
Investimentos bilionários e estratégia de longo prazo
De acordo reportagem do jornal O Globo, a Petrobras deve anunciar um pacote total de US$ 106 bilhões (R$ 565,5 bilhões) para o período de cinco anos. Desse valor, aproximadamente US$ 91 bilhões serão destinados a projetos já em fase de implantação e outros US$ 15 bilhões comporão uma carteira de avaliação com foco em novas oportunidades de negócios.
Apesar de representar uma leve redução em relação ao plano anterior — que previa US$ 111 bilhões —, o montante reforça o compromisso da estatal em manter um ritmo robusto de investimentos, alinhado à disciplina de capital e à busca por maior eficiência. A expectativa é que o Conselho de Administração dê o aval final ainda nesta quinta-feira.
Margem Equatorial ganha impulso como nova fronteira energética
A Margem Equatorial, considerada a maior aposta exploratória do país em décadas, segue como uma das prioridades estratégicas do plano. A Petrobras prevê perfurar oito poços nos seis blocos que compõem a região, do Amapá ao Rio Grande do Norte.
Em outubro, a companhia obteve a primeira licença do Ibama para perfurar um poço na Bacia da Foz do Amazonas, reforçando o avanço dessa nova frente exploratória. Trata-se ainda de uma fase de pesquisa, mas considerada essencial para avaliar o potencial energético dessa área estratégica da costa brasileira.
Disciplina financeira, custos menores e foco em produtividade
Magda Chambriard tem indicado em eventos recentes que a Petrobras está atenta ao cenário internacional, especialmente ao preço do petróleo, que ronda os US$ 60 por barril. Nesse contexto, a prioridade será manter custos sob controle e concentrar esforços em projetos de maior rentabilidade.
A estatal confirmou que o plano, ainda em fase final de análise, deve apresentar uma agenda consistente de redução de custos aliada ao fortalecimento de ativos de alta produtividade — sobretudo no pré-sal, que segue respondendo por grande parte da geração de caixa da companhia.
Refinarias e novas oportunidades em análise
Embora o plano atual não inclua a recompra de refinarias vendidas no governo Jair Bolsonaro, fontes consultadas pelo jornal O Globo afirmam que essa possibilidade não está descartada no futuro. Magda Chambriard já declarou que a expansão do parque de refino pode voltar ao radar, a depender da evolução da demanda e das condições de mercado.
Uma agenda de crescimento com responsabilidade
Com o novo plano de negócios, a Petrobras sinaliza ao mercado uma estratégia que combina expansão sustentável, disciplina financeira e aposta em novas fronteiras energéticas. A estatal entra no próximo ciclo com objetivos claros: aumentar a produção, ampliar a capacidade exploratória e fortalecer projetos de alto retorno para o país e para seus acionistas.
