Bolsonaro admitiu a policiais ter mexido na tornozeleira, diz jornalista

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal começa, no dia 2 de setembro, a analisar a ação penal contra Jair Bolsonaro e sete ex-integrantes de seu governo, acusados de participação em uma articulação para reverter o resultado das eleições de 2022. (Foto: Evaristo Sa/AFP)
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal começa, no dia 2 de setembro, a analisar a ação penal contra Jair Bolsonaro e sete ex-integrantes de seu governo, acusados de participação em uma articulação para reverter o resultado das eleições de 2022. (Foto: Evaristo Sa/AFP)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu a policiais penais da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) ter mexido na tornozeleira eletrônica que usava durante a madrugada deste sábado (22), um dos pontos centrais do relatório preliminar enviado à Polícia Federal e ao ministro Alexandre de Moraes que culminou na decretação de sua prisão preventiva.

De acordo com o relatório preliminar enviado pelos policiais penais do Distrito Federal responsáveis pela escolta de Bolsonaro em sua residência, em Brasília, a que o blog da jornalista Malu Gaspar teve acesso, o alerta emitido pelo equipamento foi o de “integridade”, o tipo considerado mais grave.

Segundo os investigadores, o alerta de integridade é diferente de outros tipos, como falha elétrica ou bateria baixa. O sinal de alto risco chegou às 00h08 deste sábado, indicando uma tentativa de violação do dispositivo.

Foi a partir deste alerta que os policiais da Seap do Distrito Federal abordaram o ex-presidente em sua casa. No momento da abordagem, Bolsonaro confirmou que havia tentado mexer no equipamento.

Siga o canal do WSCOM no Whatsapp.

Embora as primeiras informações apuradas pela imprensa indicassem o uso de um equipamento de solda elétrica na tentativa de rompimento, a própria defesa de Bolsonaro chegou a cogitar, num primeiro momento, que a violação pudesse ter sido feita com o uso de uma faca quente. O equipamento danificado foi substituído por outro à 01h08 da manhã.

A tornozeleira violada já foi encaminhada ao Instituto Nacional de Criminalística (INC), ligado à Polícia Federal, para que seja realizada uma perícia detalhada. O objetivo da análise é confirmar se o ex-presidente tentou, de fato, romper o equipamento e qual método foi utilizado.

Antes de o ministro Alexandre de Moraes determinar a prisão preventiva de Bolsonaro, o blog da jornalista no jornal O Globo havia publicado que autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF) avaliavam a possibilidade de o expresidente cumprir o início de sua pena no 19º Batalhão da Polícia Militar, conhecido como “Papudinha”. O local foi cogitado por estar situado dentro do complexo penitenciário de Brasília, mas a decisão final de Moraes foi pela custódia na Superintendência da Polícia Federal.

Mais Posts

Tem certeza de que deseja desbloquear esta publicação?
Desbloquear esquerda : 0
Tem certeza de que deseja cancelar a assinatura?
Controle sua privacidade
Nosso site utiliza cookies para melhorar a navegação. Política de PrivacidadeTermos de Uso
Ir para o conteúdo