O número de empregadores e trabalhadores por conta própria teve um crescimentode 5,6% no período de um ano — passando de 462 mil em 2023 para 488 mil em 2024. Desses autônomos, em 2024, a maior parte representava os trabalhadores por conta própria, somando 418 mil, sendo apenas 70 mil empregadores. Os dados são da pesquisa PNAD Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (19).
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Em 2023, o contingente de trabalhadores por conta própria e empregadores era de 407 mil e 55 mil, respectivamente. Ou seja, os primeiros eram 7,4 vezes mais numerosos que os segundos.
Do total de empregadores e conta própria estimados para a Paraíba, 21,5% (105 mil) tinham negócios registrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), o que mostra um recuo de 1,9 ponto percentual frente a 2023 (23,4%), ano em que o indicador havia alcançado o ponto mais alto da série histórica, iniciada em 2012 (12,7%). Ainda assim, essa foi a terceira maior taxa da série histórica, a segunda maior tendo sido registrada em 2022 (22,3%).
Esse recuo observado no indicador estadual entre 2023 e 2024, destoa da tendência de leve alta observada tanto no cenário nacional, onde a taxa subiu de 33% para 33,6%, como no cenário regional, em que foi observado avanço de 18,5% para 19,2%, respectivamente.
Apesar de ter ficado bem abaixo da média brasileira (33,6%), a taxa paraibana para 2024 foi maior que a média nordestina (19,2%). Além disso, foi a 13ª mais baixa do país, mas a terceira maior entre todos os estados do Nordeste, inferior apenas às registradas em Pernambuco (21,9%) e no Rio Grande do Norte (24,6%).
No estado, a redução da cobertura do CNPJ foi puxada tanto pela categoria dos empregadores, cuja taxa de formalização caiu 5,1 pontos percentuais (p.p.) entre 2023 (74%) e 2024 (68,9%); como pelo grupo dos trabalhadores por conta própria, cuja proporção de registrados caiu 3 p.p. (passou de 16,6% para 13,6%, respectivamente).
Em 2024, a distribuição do total dos empregadores ou conta-própria em empreendimento registrado no CNPJ por sexo, revela que a participação era mais expressiva entre as mulheres (23,6%), do que entre os homens (20,5%), na Paraíba. Situação similar foi observada nos cenários brasileiro e nordestino, onde as taxas do grupo feminino foram de 35,2% e de 21,1%, enquanto as do grupo masculino foram de 32,7% e de 18,3%, respectivamente.
