A eleição presidencial chilena deste domingo (16) está mobilizando mais de 15,6 milhões de eleitores em um pleito que deve redesenhar o rumo político do país para os próximos quatro anos. Além da escolha do novo chefe do Executivo, os chilenos também elegem deputados e parte do Senado, em uma votação marcada pela volta do voto obrigatório e pelo domínio da pauta de segurança pública.
Segurança Pública
Diferentemente do cenário de 2021, quando o processo constituinte monopolizava o debate após a onda de protestos de 2019, a disputa de 2025 ocorre com o tema da criminalidade no centro das preocupações da população.
O sociólogo chileno Eugenio Tironi resume o momento: “Nestas eleições, os candidatos estão com um tom mais reformista do que refundacional”. Segundo Tironi, propostas ligadas à segurança, ao crescimento econômico e ao funcionamento do Estado tornaram-se determinantes para os eleitores, indicando uma mudança nas prioridades do eleitorado.
Principais Candidatos e a Disputa do Primeiro Turno
Oito nomes disputam a presidência. A favorita na largada do primeiro turno é Jeannette Jara, ex-ministra do Trabalho e Previdência Social do governo Gabriel Boric e candidata da coalizão Unidade pelo Chile. Durante sua gestão, Jara implementou a redução da jornada de trabalho de 45 para 40 horas semanais, uma das principais marcas sociais da atual administração.
Logo atrás nas pesquisas aparece José Antonio Kast, do Partido Republicano, representante da ultradireita. Kast, que perdeu para Boric no segundo turno de 2021, moderou o discurso desta vez, mas parte de seu eleitorado migrou para Johannes Kaiser, ex-aliado e youtuber do Partido Nacional Libertário, que ocupa a terceira colocação com propostas consideradas ainda mais radicais.
A centro-direita é representada por Evelyn Matthei, ex-prefeita de Providência e ex-ministra do Trabalho no governo Sebastián Piñera. Ela tenta consolidar-se como a principal alternativa viável aos candidatos de direita mais conservadora.
Cenários para o Segundo Turno
As pesquisas eleitorais indicam que, apesar de Jeannette Jara liderar a disputa inicial, a eleição deve manter o padrão de alternância política observado no Chile nos últimos 15 anos. Os levantamentos apontam que Kast, Kaiser ou Matthei levariam a vitória em um eventual segundo turno contra a candidata de esquerda, redesenhando o futuro político chileno.
Com informações do Brasil 247 e CNN Brasil.
