Planalto avalia suspender emendas após Hugo Motta dar relatoria do projeto antifacção à oposição

Hugo Motta
Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

O Palácio do Planalto avalia medidas de reação à decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de entregar a relatoria do projeto de lei antifacção, de autoria do governo federal, ao secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP-SP). A iniciativa surpreendeu a base governista e gerou desconforto no núcleo político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo fontes ouvidas em Brasília, entre as alternativas em estudo pelo Planalto está o bloqueio temporário do pagamento de emendas parlamentares, medida que costuma ser usada como instrumento de pressão política em momentos de tensão com o Congresso. A reação seria uma forma de demonstrar insatisfação com o gesto do deputado paraibano, visto como uma concessão à oposição em uma das pautas mais sensíveis do país.

Guilherme Derrite é secretário de Segurança Pública do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), nome apontado em diversas pesquisas como um dos principais representantes da direita na corrida presidencial de 2026. O Planalto teme que a entrega da relatoria a um aliado de Tarcísio fortaleça a oposição em um tema estratégico — a segurança pública, que figura entre as maiores preocupações do eleitorado, de acordo com levantamento da Quaest.

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