De acordo com levantamento divulgado na quarta-feira (5), pela Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio) a Paraíba ficou em segundo lugar como maior produtora de etanol no Nordeste na safra de 2024/2025. Foram cerca de 398,2 milhões de litros fabricados. Alagoas ficou em primeiro lugar no ranking regional com 416,4 milhões de litros.
Os nove estados nordestinos produziram 1,9 bilhão de litros de etanol no total. A Bahia e o Pernambuco também se destacam no ranking, com 354,8 milhões e 333,5 milhões de litros respectivamente. Mesmo com desafios climáticos, o resultado mostra a força da cadeia sucroenergética nordestina que está aumentando investimentos e eficiência produtiva.
Utilizando-se de recursos naturais e conhecimento científico para avançar na transição genética, o Nordeste está se consolidando como um dos polos mais promissores do país em bioenergia e inovação tecnológica, segundo a NovaBio.
De acordo com o presidente-executivo da entidade, Renato Cunha, nos últimos anos, o Nordeste tem expandido as fronteiras rumo à bioeconomia. Usando principalmente o tradicional biocombustível como indutor de inovações destinadas aos segmentos industrial, aéreo e marítimo.
Políticas estaduais voltadas à sustentabilidade também impulsionaram o setor. Por exemplo, no estado de Alagoas o governo estabeleceu uma política de substituição gradual da gasolina pelo etanol na frota pública. A meta é chegar em 30% de uso de biocombustível até 2030, a decisão foi vista como referência para outros estados produtores, inclusive para a Paraíba.