Foi Bob Zaccara, um dos fundadores do Muriçocas do Miramar, quem instigou esta abordagem de agora por ter estado com frequência em Recife usufruindo do saber cultural pernambucano no lidar com gêneros musicais e de dança, que têm muito mais a ver com nossa cena pessoense.
Antes, entretanto, de abordar mais a fundo as sintonias culturais ao redor, voltamos a apelar ao prefeito Cícero Lucena que sancione a Lei Carlos Aranha aprovada à unanimidade na Câmara Municipal por propositura do vereador Odon Bezerra, líder do governo municipal, construindo meios legais da PMJP reproduzir a Lei Canhoto da Paraíba para abrigar 30 artistas e 30 comunicadores que vivem na atualidade enfrentando dificuldades para sobreviver.
Para advertir em tempo, o próprio genial Canhoto da Paraíba morreu às mínguas, assim como Jadir Camargo, Paulo Batera, Ricardo Anisio, Parrá, etc, portanto, a Prefeitura está sendo convocada a dar uma contribuição humanista aos nossos artistas e comunicadores em fase de vulnerabilidade. Sanciona, prefeito de coração humanista!
A TESE DO CARNAVAL
O projeto Folia de Rua precisa construir organização exemplar para 2026, agora consolidando a marca como de sua propriedade pelo INPI, se reafirmando melhor na condição de evento de natureza singular no País, mas que precisa se reinserir com bases culturais e artísticas bem resolvidas
Como lembra o carnavalesco top Bob Zaccara precisamos conviver com a baianidade mercadológica dos trios – e aí a associação precisa resolver – se na ocupação também da Via Folia – e em toda a cidade, abrigando mais ritmos próximos do frevo e do maracatu e nossas raízes afro.
Aliás, precisa ocupar mais o Centro Histórico na fase prévia já agora.
ENCONTRO SUPIMPA
Mesmo em Belém do Pará, fiquei sabendo que os diretores Sérgio Nobrega e Jairo Pessoa estiveram reunidos na sexta-feira com o presidente da CEF, Carlos Vieira, discutindo apoio da Caixa para viabilizar a produção dos hinos dos 34 blocos que faltam, de um Documentário sobre a história do Folia de Rua além de apoio ao evento em 2026.
Estamos com os dedos cruzados na torcida, mas sugerindo que a diretoria da Associação busque patrocinadores Master visando sair de vez da mendicância mercadológica.
CONFETE & SERPENTINA
Soube que os organizadores do bloco “Confete & Serpentina”, lá na Casa da Pólvora, no Centro Histórico, estão discutindo inserir em 2026 a versão infanto-juvenil para ensinar as novas gerações a dançar frevo, maracatu e outros gêneros lembrando as músicas dos antigos carnavais.
A ideia é valorizar as músicas e artistas da terra como Mestre Fuba, Livardo Alves, Jadir Camargo, Orquestra Tabajara, Metalúrgica Felipeia, Gambiarra de Frevo, Renata Arruda, Polyana Rezende, Mirandinha, Gracinha Teles, Lis, Jairo Madruga e tantos outros, além dos hinos dos blocos.
Enfim, chegou a hora de dar a volta por cima.
ÚLTIMA
“A Folia não pertence a ninguém / tá cada um na sua”
