Apesar de anos de luta e progressos para a igualdade salarial entre homens e mulheres, esse cenário ainda está distante na Paraíba. Até 2022, o rendimento nominal médio mensal de todos os trabalhos da população ocupada masculina era de R$ 2.153, enquanto a feminina era de R$ 1.931, uma diferença de 11,5%. Os dados são da publicação Censo 2022 – Trabalho e rendimento, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 09 de outubro.
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A pesquisa também constatou que o rendimento médio mensal também varia consideravelmente quando analisado o nível de escolaridade. Enquanto os ocupados que possuem curso superior completo recebem em média R$ 4.577, os sem instrução e com fundamnetal incompleto recebem R$ 1.072 — 4,3 vezes a menos.
Distribuição de renda nos domicílios
O Censo 2022 apontou que quase dois terços (65,1%) do dinheiro das famílias paraibanas vieram do trabalho dos integrantes da família. Os 34,9% restantes são referentes a benefícios, aposentadorias e outras rendas.
Quando analisadas as Unidades Federativas do Brasil como um todo é possível observar que a região em que esse cenário menos se repete é a nordestina (67,9%), com destaque para o Piauí (64,3%) e a própria Paraíba.
Em contrapartida, no Centro-Oeste (80,6%) o trabalho representa a maior parte do rendimento dentro dos lares.
Essa diferença entre as regiões é considerada marcante, atingindo 12,8 pontos percentuais. Isso indica que as famílias nordestinas dependem significativamente mais de outras fontes de renda para compor seu orçamento, comparado às famílias de outras regiões.