A economia da Paraíba reafirma sua notável ascensão no cenário nacional. De acordo com os dados mais recentes da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado não só manteve a liderança da taxa de crescimento no setor de serviços na Região Nordeste, como também alcançou a terceira maior taxa de crescimento do País no acumulado do ano.
O volume de serviços na Paraíba registrou uma robusta alta de 5,5% no acumulado de janeiro a agosto, um crescimento que ultrapassa mais que o dobro da média nacional, que ficou em 2,6% no mesmo período. Esse desempenho sublinha a resiliência e a força do setor paraibano em meio a um cenário macroeconômico desafiador.
Na Região Nordeste, a Paraíba (5,5%) permanece incontestavelmente na ponta entre os nove estados, superando concorrentes diretos. O indicador de serviços, que engloba uma vasta gama de atividades como transporte, turismo, restaurantes, salões de beleza e tecnologia da informação, demonstra a vitalidade do estado. A Paraíba é seguida por Sergipe (4,8%), Rio Grande do Norte (3,9%), Ceará (3,4%) e Maranhão (3,4%). Enquanto isso, Bahia (-1,1%), Piauí (-1,1%) e Pernambuco (-0,2%) apresentaram retração no setor no acumulado dos oito meses.
No contexto nacional, o crescimento paraibano só foi superado pelo Distrito Federal (6,4%) e pelo Mato Grosso do Sul (6,1%), colocando o estado em um patamar de destaque. O gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, enfatizou que, diante das dificuldades, o setor de serviços “permanece resiliente, forte, que renova a série histórica”.
A análise do IBGE revela que o setor de serviços foi impulsionado pelo crescimento em mais da metade (51,2%) dos 166 tipos de serviços investigados. O principal motor dessa expansão foi o segmento de informação e comunicação. Este setor teve um aumento significativo nas receitas, especialmente em atividades ligadas à era digital: portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; consultoria em tecnologia da informação; e serviços de hospedagem na Internet.
A força do setor também se reflete no mercado de trabalho. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor de serviços liderou a geração de empregos com carteira assinada na Paraíba no ano, com um saldo de 16.899 postos de trabalho de janeiro a agosto. Este número representa a maior fatia do total de 19.948 vagas criadas no estado, com 81.381 admissões contra 64.482 desligamentos no setor.
A Pesquisa Mensal de Serviços investiga a receita bruta e real das empresas formalmente constituídas com 20 ou mais pessoas ocupadas, atuando em serviços não financeiros (excluindo saúde e educação), e seu resultado demonstra que o setor de serviços, ao lado do comércio e da administração pública, mantém o maior peso na composição do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.
