Os movimentos de medo e de ódio promovidos pela extrema direita estão fazendo com que a “direita civilizada” fortaleça a luta em defesa da democracia.
O momento político nacional não permite que se alimentem sentimentos de rancor ou de vingança. É preciso isolar a direita raivosa em nome de uma causa maior: salvar a nossa democracia. Rejeitar o conservadorismo autoritário deve ser a palavra de ordem.
É necessário firmar o encontro entre divergentes, desde que não haja antagonismos inconciliáveis. Esse espaço político precisa ser ampliado e adensado, oferecendo musculatura capaz de nos livrar das ameaças golpistas. As forças da direita que deixaram para trás o passado autocrático, recusando impulsos reacionários, podem ajudar a reconstruir o Estado Democrático de Direito no Brasil.
Importa estabelecer alianças no campo democrático que combinem progresso econômico, liberdade política e equidade social. No regime presidencial multipartidário vigente em nossa nação, essa união de forças deve ser encarada como uma oportunidade histórica de reagir contra uma cultura política baseada em mudanças institucionais e práticas nocivas à democracia. Que essa aliança seja contributiva da Lei e da Ordem, combatendo a barbárie e a truculência.
Todos irmanados na defesa do ordenamento jurídico e do Estado republicano. A direita civilizada se diferencia da direita predatória, que advoga a ruptura democrática. Diálogo e maturidade são imprescindíveis para agregar todos os que se posicionam contra o golpismo. Só assim poderemos assegurar consensos mínimos em defesa da vida, da liberdade e da democracia.